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Curitibana em tratamento contra linfoma ganha nova mensagem de ator de Grey’s Anatomy

Redação
27/11/2017 17:00
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Sâmia, de 7 anos, enviou um desenho de coração para o ator, que o transformou em imã de geladeira (Foto: Divulgação hospital Nossa Senhora das Graças)

Para Samia Luize Sanches Chiella, 2017 tem sido um ano de surpresas. Em julho, antes de ser internada para receber um transplante de medula no Hospital Nossa Senhora das Graças, a menina de sete anos recebeu uma mensagem em vídeo do seu personagem favorito da série Grey’s Anatomy, o George O’Malley – ou, melhor, do ator que o interpreta, T.R.Knight.
Agora, na última quinta-feira (23), o ator fez questão de lembrar da menina neste fim de ano e compartilhou uma foto onde vestia a camisa da Seleção Brasileira, com a seguinte mensagem:
“Minha gratidão corre profundamente por muitas coisas, especialmente para um lugar chamado @hnsgcuritiba (hospital Nossa Senhora das Graças – Curitiba) e para uma linda menininha chamada Sâmia!”
O primeiro contato entre o ator e Sâmia foi feito através do hospital que, emocionado com a história da menina, procurou uma forma de tornar o processo um pouco mais leve. Sâmia foi diagnosticada com linfoma, câncer do sistema linfático, há dois anos. Desde então, ela e a família se mudaram de Toledo, no oeste do Paraná, para Cascavel e, em abril deste ano, para Curitiba para o transplante de medula.
T.R.Knight se emocionou com a história de Sâmia, principalmente porque o irmão do ator também teve de passar por um transplante de medula. Quando a menina soube disso, a família conta que ela ficou mais tranquila para o procedimento, realizado no dia 13 de julho.
Com a nova mensagem, a família divulgou a reação da menina ao ver a postagem. “Achei muito linda, o T.R. é um amor. O que ele fez foi muito importante para mim”. Para a mãe de Sâmia, Silvana Sanches, “a humanidade dele é exemplar”.
Confira o vídeo que o ator enviou à menina no início do ano:
Como se tornar um doador de medula óssea?
Ser um doador de medula não é difícil e, para fazer o cadastro, é preciso algumas condições, como: ter idade entre 18 e 55 anos e boas condições de saúde. A exceção na faixa etária é feita nos casos em que o doador for uma criança irmã/irmão do receptor.
O restante dos critérios costuma a ser o mesmo utilizado para a seleção de doador de sangue e o cadastro pode ser feito em qualquer hemocentro.
Durante o cadastro, cerca de 5 ml de sangue são retirados para a realização dos testes de compatibilidade genética. Também é feito um cadastro por escrito com os dados do voluntário, que ficarão armazenados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).
Como é feito o transplante?
Se os resultados forem compatíveis com os de um paciente que precisa do transplante, o doador é chamado para realizar exames complementares que confirmem a compatibilidade e a ausência de doenças que impeçam a doação.
O tipo de transplante de medula óssea mais comum dura em média duas horas. O doador passa por uma pequena cirurgia, na qual recebe anestesia geral ou local (na área da lombar). São feitas de quatro a oito punções nos ossos da bacia para aspirar parte da medula, retirando em média 15 ml do volume da medula por quilo do peso do doador – o que não compromete sua saúde. Essas células retiradas são acomodadas em uma bolsa especial, congeladas e transportadas em condições específicas até o local do transplante.
A medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias. Ele permanece internado por um dia e após uma semana pode retornar às suas atividades habituais. O portal do Redome informa que nos primeiros três dias, o doador pode sentir um desconforto de leve a moderado, amenizado facilmente com o uso de analgésicos.
Outra forma de coleta é chamada de aférese, quando o doador utiliza medicação alguns dias antes para aumentar o número de célulastronco no sangue. A pessoa faz a doação por meio de uma máquina que colhe o sangue da veia, separa as células-tronco e devolve os elementos do sangue que não são necessários.
Não há necessidade de internação, nem de anestesia. A decisão sobre o tipo de doação é exclusivamente dos médicos e varia de acordo com a situação do paciente.
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