Saúde e Bem-Estar
Simone Mattos, especial para a Gazeta do Povo
Evite o mal dos apressadinhos: a insolação
Quando o corpo ultrapassa os 40 graus C ocorre a insolação. (Foto: Bigstock)
Praia, altas temperaturas e atividades ao ar livre são características deliciosas das férias e do verão que se aproxima, mas exigem cuidados. Determinados problemas ocorrem com mais frequência nesta época do ano, exatamente pela combinação, sem precaução, desses fatores. Um deles é a insolação.
“Isso acontece quando a temperatura corporal ultrapassa os 40 graus C, fazendo com que o mecanismo de transpiração falhe e o corpo não consiga se resfriar”, explica o médico dermatologista do Hospital São Lucas e membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Marcos de Barros Winter. “Insolação é uma condição séria e fatal, causada pelo excesso de exposição ao sol e ao calor intenso”, alerta.
Ele confirma que o número de casos de insolação aumenta nessa época. “Os cuidados que devemos ter com o corpo em dias de sol quente vão além de passar protetor solar para evitar queimaduras na pele”, diz. Segundo o médico, a exposição excessiva ao sol e a altas temperaturas possibilita o aumento de casos de insolação.
“O quadro tende a trazer consequências sérias à saúde, pois pode evoluir para desidratação e causar desconfortos como náusea e tontura”, explica. Alguns grupos estão ainda mais vulneráveis a sofrer insolação e precisam intensificar os cuidados. São eles: idosos, crianças pequenas ou bebês e pessoas com problemas de saúde, em especial disfunções no coração, pulmões, rins ou fígado.
O diagnóstico é realizado através dos sintomas, como a queixa de febre alta, sintomas de disfunção cerebral e um histórico de exposição a calor extremo.
O dermatologista avisa que a insolação pode ocorrer não apenas em atividades de lazer, mas também no dia a dia. “Pode acontecer, por exemplo, quando a pessoa permanece muito tempo na rua, debaixo do sol quente”, alerta.
Previna
Passe protetor solar adequado para o seu tipo de pele, pelo menos 15 minutos antes de expor-se ao sol
Evite o sol no horário entre o meio-dia e às 16 horas, tentando abrigar-se em locais com sombra, frescos e arejados
Use roupas leves e soltas
Proteja a cabeça do sol usando bonés, lenços ou chapéus
Passe protetor solar adequado para o seu tipo de pele, pelo menos 15 minutos antes de expor-se ao sol
Evite o sol no horário entre o meio-dia e às 16 horas, tentando abrigar-se em locais com sombra, frescos e arejados
Use roupas leves e soltas
Proteja a cabeça do sol usando bonés, lenços ou chapéus
Primeiros sintomas
Dor de cabeça forte
Calor e suor excessivo
Sensação de febre
Sensação de queimação na pele e pele vermelha
Tontura ou má disposição
Vômitos e diarreia
Dor de cabeça forte
Calor e suor excessivo
Sensação de febre
Sensação de queimação na pele e pele vermelha
Tontura ou má disposição
Vômitos e diarreia
Veja o que fazer
Coloque a pessoa em local fresco e arejado
Deite-a com a cabeça elevada
Coloque compressas frias sobre a cabeça e toalhas molhadas em volta do corpo
Faça com que a vítima beba muito líquido para não desidratar
Encaminhe-a ao médico o mais rápido possível
Coloque a pessoa em local fresco e arejado
Deite-a com a cabeça elevada
Coloque compressas frias sobre a cabeça e toalhas molhadas em volta do corpo
Faça com que a vítima beba muito líquido para não desidratar
Encaminhe-a ao médico o mais rápido possível
Na pele
Quem já passou pelo problema, certamente não quer repetir a experiência. É o caso da psicóloga Ângela Cristina Brand, 50 anos, que atualmente utiliza proteção solar fator 99.
“Dois anos atrás, na tentativa de me bronzear rápido para estar com a pele mais morena para ir a um casamento, fiquei das 10 às 17h debaixo do sol forte, na praia, sem protetor solar”, lembra.
Como resultado, no final daquele dia, Ângela precisou ir para o hospital e, obviamente, perdeu a festa de casamento. “Tive febre alta, náusea e vômito, minha pele inchou e depois descamou, chegando a fazer feridas em alguns locais”, conta. “Foi uma imprudência total minha, que deixou sequelas que tenho até hoje”.
A psicóloga conta que precisou tratar a pele com corticoide e, algumas manchas que resultaram daquele dia, ainda persistem, inclusive no rosto e nas mãos. Mãe de um casal de 14 e 19 anos, Ângela brinca ao dizer que se pudesse deixar uma herança para os filhos seria um frasco de protetor solar. “Eu sempre falo a eles sobre a importância de não abusar do sol”.
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