Saúde e Bem-Estar

O risco de evitar as vacinas

Amanda Milléo
29/04/2015 00:27
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Vírus capazes de causar prejuízos à saúde não mais despertam tanto medo quanto deveriam. Sem ver as consequências dessas infecções, muitos pais tendem a achar que eles não existem mais e descuidar com as vacinas das crianças. Os 695 casos de sarampo no Ceará em 2014,  os 32 deste ano importados de outros países, 24 em Pernambuco e sete em São Paulo relembram que o vírus, além das manchas vermelhas, pode deixar crianças cegas, surdas, causar pneumonias, diarreias e mesmo a morte.
Não querer sobrecarregar o sistema imunológico do filho ou ter medo dos efeitos colaterais das vacinas são argumentos sem lógica, diz o infectologista do laboratório Frischmann Aisengart, Jaime Rocha, mas usados pelos pais que atrasam ou decidem não vacinar. “Eles não entendem que a criança é exposta a milhares de vírus o tempo todo, e que o efeito da doença é muito pior do que uma febre causada pela vacina”, afirma.
A responsabilidade com a saúde coletiva também é algo esquecido pelos pais antivacinas. De acordo com a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabella Ballalai, em torno de 5% das pessoas vacinadas contra o sarampo não ficam totalmente protegidas. “Quanto menor o número de pessoas vacinadas, maior o risco de que a doença se dissemine em organismos sem os anticorpos preparados para combater a infecção”, explica.
12 meses
é a idade que a criança normalmente tem quando recebe a primeira dose da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). Em casos de surtos da doença, a idade reduz a seis meses – mesmo que a criança continue sob a proteção dos anticorpos da mãe.