Saúde e Bem-Estar

Escovar os dentes na infância pode ser mais divertido

Amanda Milléo
18/12/2015 15:00
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Foto: Bigstock

Trinta segundos são uma eternidade na vida de uma criança, principalmente quando dedicados à escovação dos dentes. E embora entre 6 e 12 anos a criança já tenha motricidade e coordenação motora necessárias para escovar sozinho, a fiscalização dos pais deve seguir até a adolescência.
Para ajudar, mude a rotina de escovação. “Em vez de escovar no banheiro, por que não escovar no sofá, com o tablet na frente, para ele ficar distraído e não ver o tempo passar?”, sugere o odontopediatra e professor da PUCPR Eduardo Karam. Melhor do que ficar em frente ao espelho tentando ver todos os dentes, como os de trás e de cima, é tentar sentir por onde a escova está passando.
Outra dica de distração são os enxaguantes bucais com substâncias que revelam a placa. “Após o bochecho, o líquido deixa coloridos os espaços mal escovados, que o pai pode limpar depois ou para a criança repetir a escovação”, diz João Gilberto Duda, odontopediatra e professor da Universidade Positivo
Flúor em consenso
Não tenha medo de a criança engolir o flúor da pasta dental, diz o odontopediatra João Gilberto Duda. A nova recomendação da Associação de Pediatria e de Odontopediatria é que se use pasta com flúor logo nos primeiros dentes, mas do tamanho de um grão de arroz, o que ajuda a prevenir cáries.
Cáries não acabaram
Cáries e placa bacteriana ainda são preocupações de odontopediatras. Apesar do maior conhecimento dos pais sobre os perigos do açúcar, a alimentação infantil continua muito doce, elevando os casos de cáries em dentes de leite. “Paramos de perceber uma queda significativa nos casos de cáries nas crianças”, explica o odontopediatra João Gilberto Duda.
Para alguns especialistas, o grande problema de cáries nas crianças pequenas tem sido o uso da mamadeira noturna. Nos mais velhos, a responsabilidade é do descontrole no consumo de alimentos problemáticos, como bebidas ácidas. “As pessoas acham que o suco é saudável, mas tem que tomar cuidado. Sempre que possível, substitua por água”, diz o odontopediatra Eduardo Karam.