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Atriz Lena Dunham, 31, tira o útero por causa da endometriose; entenda os sintomas

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16/02/2018 10:08
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Aos 31 anos, a atriz Lena Dunham precisou retirar o útero para se livrar das dores causadas pela endometriose. Foto: Reprodução

Com apenas 31 anos, a atriz Lena Dunham, criadora e uma das protagonistas da série “Girls“, da HBO, precisou tirar o útero por causa da endometriose. Depois de sofrer por dez anos com as dores provocadas pela doença, ela submeteu-se a uma histerectomia. O procedimento consiste em uma cirurgia para remoção do útero, o que a impedirá de engravidar de forma natural no futuro.
A endometriose atinge cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva, embora não se manifeste em todas elas. O endométrio é a camada interna do útero. Uma vez por mês, os hormônios do ciclo menstrual fazem com que ele aumente de tamanho para esperar uma possível gravidez. Se isso não ocorre, o endométrio descama e é eliminado em forma de menstruação.
Só que, em alguns casos, suas células pegam o caminho errado e se alojam na cavidade abdominal. Elas podem aderir-se, por exemplo, ao intestino, ovários, trompas e bexiga. Isso provoca um processo inflamatório que caracteriza a enfermidade.
Sentir fortes cólicas menstruais é um dos sintomas da doença. Também são comuns a dor profunda na vagina ou na pelve durante a relação sexual, dor pélvica contínua não relacionada à menstruação, diarreia no período menstrual ou obstipação intestinal, dor para evacuar, sangramento nas fezes, dor para urinar, sangramento na urina e infertilidade.
Como a cólica menstrual também ocorre devido a outros problemas, é comum que as mulheres demorem a procurar um especialista. Por esse e outros fatores muitas pacientes levam até sete anos para descobrir que têm o problema.

Dor incapacitante

A própria Lena Dunham já teve que cancelar compromissos profissionais devido à endometriose. Em 2016, no Instagram, a atriz informou que não participaria dos eventos de divulgação da então nova temporada de Girls. “Como vocês sabem, eu sofro de endometriose, uma condição crônica, que afeta a vida reprodutiva de 1 em cada 10 mulheres”, disse ela.
Como já teve mais de 20 mil apoiadores no site do Senado, a ideia legislativa passou a ser uma sugestão legislativa. Isso significa que ela será encaminhada à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) da casa. Lá, será debatida e convertida em um Projeto de Lei ou uma Proposta de Emenda à Constituição.
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