Saúde e Bem-Estar

Tratamentos que ajudam a “rejuvenescer” a pele

Amanda Milléo
30/12/2015 09:00
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Envelhecer, bem ou mal, traz consigo várias mudanças na pele. A gordura do rosto cai, aumentando a bochecha, enquanto a pele fica mais seca e áspera, o número de rugas aumenta, bem como a flacidez, e surgem as lesões benignas em forma de manchas. Para tudo, porém, há um tratamento e novidades voltadas à terceira idade têm crescido no mercado.
Embora a maior procura seja por procedimentos não invasivos, algumas técnicas mais agressivas são bem aceitas, de acordo com Mariana Gradowski, médica especialista em medicina estética, como a de fios de sustentação absorvíveis.
A técnica reposiciona os tecidos da face através de um fio absorvível, que também estimula o colágeno e a fixação da pele. A princípio, o procedimento pode ser indicado para pessoas de 45 e 50 anos, quando começa a queda dos tecidos da face. “Porém, a técnica pode ser feita em mulheres mais velhas, principalmente quando chegam com a pele mais bem cuidada, e traz bons resultados”, diz ela.
O laser de CO2 fracionado e a radiofrequência são também muito buscados, segundo Silvia Schmidt, dermatologista e diretora da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). “São procedimentos com ótimas respostas para a terceira idade, que visam a retração da pele, e levam uma semana para se recuperar. Os resultados precisam ser acompanhados e aparecem em seis meses, em média”, explica a dermatologista.
Para ajudar a retrair as peles também pode ser usado o ultrassom microfocado, que auxilia na estimulação do colágeno da pele. “Mesmo uma mulher acima dos 70 e 80 anos pode fazer”, diz Mariana.
Mãos com volume
O ácido polilático e o hialurônico são duas as opções de preenchimento das mãos, que perdem tecido, ficam com aspecto “murchado” e envelhecido. De acordo com o Alex Buziquia, membro da Sociedade Brasileira de Medicina Estética e da Clínica Vitaclin, o preenchimento pode ser feito também com gordura ou hidroxiapatita de cálcio. “Os tratamentos podem ser associados para amenizar as discromias que também surgem e causam o aspecto de envelhecido nas mãos”, explica.
Preenchedores permanentes devem ser evitados, segundo a dermatologista Silvia Schmidt, pois podem causar granulomas na pele e outras reações dermatológicas. Os temporários duram de um a dois anos.
Protetor sob medida
Quem passou dos 60 anos pode encontrar protetores específicos no mercado, com ativos que hidratam e reduzem o aspecto envelhecido: na menopausa, a mulher que tem a pele mais seca deve evitar protetores antioleosidade, que ressecam e envelhecem. Para proteger e hidratar, busque produtos com ácido hialurônico.
Idade máxima? 
Com indicação e liberação médica, os procedimentos estéticos podem ser feitos em qualquer idade, de acordo com a dermatologista Silvia Schmidt. “Não existe limite de idade, podem ser feitos em pacientes de 70, 80 anos, mas existe um limite de clínica. É preciso avaliar se a pessoa precisa mesmo e se tem a indicação. Se ela tem excesso de pele, não adianta usar a toxina botulínica, que o resultado não fará muita diferença”, diz a médica, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
Todos os pacientes devem passar por uma avaliação médica antes dos procedimentos estéticos, mesmo os não tão invasivos. “Precisamos ver se a paciente tem alguma doença pré-existente, se há alguma limitação, como diabete e pressão alta, que não limitam para todos os procedimentos, apenas alguns e se estiverem descompensadas”, diz a especialista em estética, Mariana Gradowski.