Saúde e Bem-Estar

Problemas respiratórios não impedem prática de exercícios entre os idosos

Rafael Adamowski, especial para a Gazeta do Povo
16/06/2016 11:00
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Já se sabe que a prática de atividades físicas resulta em inúmeros benefícios para pessoas de qualquer faixa etária. Porém, é comum surgirem dúvidas, principalmente sobre restrições, quando há a decisão de começar a se exercitar. Idosos que pretendem aderir a esta prática saudável, mas tem problemas respiratórios, por exemplo, têm agora uma boa notícia.
Entre os benefícios do exercício físico está a melhora da capacidade de absorção do organismo. Dessa forma, mesmo pessoas na terceira idade com asma ou bronquite podem se exercitar. Rosemary Rauchbach, educadora física aposentada e que se dedica a consultorias em atividades físicas, qualidade de vida e envelhecimento, afirma que as atividades ajudam a respirar melhor e à absorção de medicamentos usados por pessoas com problemas respiratórios.
A atividade auxilia ainda na prevenção de perda de massa magra, osteoporose, proteção das articulações e melhor funcionamento do sistema metabólico e digestivo. “Os benefícios são imensos. Inicialmente se preocupava muito com a condição cardiorrespiratória para incentivar o idoso a se exercitar, mas depois foi constatado melhoras na força, coordenação e equilíbrio”, explica Rosemary.
Para ela, a atividade física deveria fazer parte do contexto humano desde a infância. No caso dos idosos, a consultora, que também é palestrante, relata que entidades como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e outros órgãos de pesquisa comprovam os benefícios de se exercitar.
Rosemary orienta que para começar o idoso deve escolher uma atividade que goste. “O prazer leva a pessoa a buscar outros objetivos. Conheci idosos que começaram com caminhada e poucas semanas depois já estavam correndo”, exemplifica. Ela destaca que não existem restrições sobre quais exercícios devem ser praticados. O importante é apenas realizar os exames médicos prévios e ter a orientação de profissionais de educação física para saber sobre as limitações.
A consultora explica ainda que o apoio da família e a vivência em grupos faz com que o idoso se sinta mais confiante e integrado para seguir com as atividades. “É ótimo para a autoestima. A pessoa se sente bem”, completa Rosemary.