Saúde e Bem-Estar

Gestante pode ir ao dentista?

Carla Rocha
25/07/2015 00:20
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(Foto: Bigstock)

O tratamento odontológico na gravidez gera dúvidas e polêmicas, principalmente em relação à anestesia e ao exame de raio X. Obstetras e dentistas afirmam que os riscos são mínimos, e que ainda assim existem métodos para eliminá-los totalmente.
O principal perigo da anestesia é a dose de adrenalina que contém, um elemento vasoconstritor que serve para reduzir sangramentos. A recomendação é utilizar anestésicos sem esse componente. “Isso pode elevar a pressão arterial da mãe e induzir ao parto”, diz a endodontista Monica Martins. Porém, a dose usada é tão pequena que a probabilidade de isso ocorrer é muito baixa, mas cuidar é um procedimento padrão entre os profissionais.
Recomendados apenas após as 12 semanas de gestação, os riscos dos raios X estão relacionados ao desenvolvimento dos órgãos reprodutivos do bebê, gerando esterilidade na criança, como diz o obstetra e ginecologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Roaldo Meissner. “Para evitar problemas deve-se usar o avental de chumbo, que evita que o bebê receba os raios”, diz ele.
O ideal é aguardar as 12 semanas completas de gestação para qualquer intervenção. “Passado esse período em que o bebê ainda está se formando, os riscos são praticamente nulos”. Além disso, o obstetra sempre deve ser informado antes de qualquer procedimento e se possível repassar as condições de saúde da gestante ao profissional de odontologia que irá atendê-la.
Medicamentos
As prescrições de medicamentos devem ser avaliadas em conjunto com o obstetra, que de posse dos exames pré-natais, conhece melhor as condições da mãe e do bebê. Problemas de coagulação do sangue e hipertensão são os que merecem mais cautela.