Saúde e Bem-Estar

Isadora Rupp

Modalidade ao ar livre une técnicas físicas e mentais em busca da qualidade de vida

Isadora Rupp
24/05/2018 12:00
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Corpos "trincados" dos coaches são um dos principais chamarizes da Mahamudra. Foto: Divulgação.

O chamariz é o corpo “trincado” dos seus coaches, mas a Mahamudra, nova modalidade que vem conquistando adeptos no Brasil e no mundo, garante que seu principal objetivo é fazer que seus praticantes vivam uma integração de “corpo, mente e espírito” em meio a treinos muito intensos e feitos sempre ao ar livre (sim, mesmo em Curitiba) — eles comemoram os dois anos de funcionamento na capital paranaense, com um aulão e palestras na sexta-feira (29/06) e no sábado (30).
Presente em seis estados brasileiros (SC, PR, MS, SP, RJ e BA), além de Estados Unidos, Inglaterra, Austrália e Emirados Árabes Unidos, estima-se que o número de adeptos só no Brasil já ultrapasse mais de 1 mil pessoas.

Correr e meditar

Os treinos variam conforme a localidade: em São Paulo, a base é a luta. Em Curitiba, Kutianski utiliza a Calistenia, que são exercícios como agachamentos, pulos, flexões de braços, burpees e tiros de corrida. Tudo feito com o próprio peso do corpo, mas em circuitos muito intensos em uma aula que dura de 1 a 1h15 e é realizada sempre ao ar livre (no Parque Barigui e na Praça Afonso Botelho, no Água Verde).
A principal característica porém é trazer ao treino algumas posturas do Yoga, além da meditação. “A Mahamudra se considera uma filosofia: o objetivo é que o alune integre corpo, mente e espírito. Você não treina a mahamudra, mas vive ela” comenta o educador físico Felipe Kutianski, coach da modalidade em Curitiba.

Benefícios

No começo, admite Felipe, a parte física e estética é o que chama os alunos: afinal, em três meses de treinos realizados em média três vezes por semana, dá para reduzir consideravelmente o porcentual de gordura. “Trabalhamos com muita intensidade no treino. Claro, cada aluno vai no seu limite mas tentamos dar 100% dele, e isso estimula muito o emagrecimento.  Essa explosão muscular melhora do condicionamento cardiorrespiratório e essa melhora na resistência a gente nota em poucas semanas” pontua o coach.
Aos poucos, os alunos evoluem nas práticas de meditação e realizam até “tarefas de casa”.  “Fizemos uma pegando como base o livro do Paramahansa Yogananda (iogue e guru indiano) de ficar um dia sem falar mal de ninguém. Parece simples, mas não é. Alguns alunos que trabalham na área de negócios fazem as respirações que aprenderam nas aulas antes de reuniões. Eles vão incorporando no dia a dia, vestindo a camisa”, diz Kutianski.

Ao ar livre, mesmo com 4 graus

Treinos são sempre ao ar livre. Foto: Divulgação.
Treinos são sempre ao ar livre. Foto: Divulgação.
O coach da Mahamudra em Curitiba conta que muitos interessados em treinar chegam com a mesma pergunta: não dá mesmo para treinar em um lugar fechado neste frio? “Isso é algo que batemos muito na tecla. Somos muito fiéis à diversidade do ambiente e na ligação das pessoas com a natureza e com a sua cidade. O desafio é  mesmo enfrentar essas adversidades. No começo o pessoal reclama, mas depois da terceira aula, elas começam a gostar. Treinar cedo, com três, quatro graus, não é mais um problema”, garante.

Aulão Mahamudra

O evento em comemoração aos dois anos ocorre no “aquário” do Shopping Pátio Batel, em Curitiba (Av. do Batel, 1.868). Na sexta-feira (29) ocorre uma palestra (“Moncloa Tea Boutique: Corpo, Mente, Espírito e Aromas”) às 19h30 com os fundadores da Mahamudra no Brasil e, no sábado (30), um aulão aberto (“Veg&Lev: Corpo, Mente, Espírito e Hidratação”) às 9h (os ingressos custam R$ 40 e R$ 30, respectivamente). É necessário se inscrever previamente neste link.

Treinos em Curitiba

A Mahamudra tem turmas em Curitiba no Parque Barigui e na Praça Afonso Botelho,  às 6h30 (segundas, quartas e sexta-feiras) e 19h30 (terças e quintas-feiras). Mais informações estão no Instagram da modalidade.
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