Saúde e Bem-Estar

Fernanda Brun, especial para a Gazeta do Povo

Biópsia: conheça os principais tipos e saiba em quais casos o exame é realizado

Fernanda Brun, especial para a Gazeta do Povo
05/04/2018 17:00
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Foto: Bigstock.

Procedimentos para avaliar órgãos e tecidos (no caso das oncológicas também diagnosticam e analisam a presença e magnitude de um câncer), as biópsias têm diversas variações do procedimento, aplicadas de acordo com a indicação médica.  “Tudo depende do tipo de lesão suspeita, da localização dela e do órgão que se está investigando”, afirma João Soares Nunes, médico oncologista e coordenador técnico do Hospital Erasto Gaertner. As diferentes técnicas vão de procedimentos cirúrgicos até métodos que usam agulhas para aspirar amostras da lesão.
Ao longo dos anos e da evolução da tecnologia, as biópsias têm ficado cada vez menos invasivas, necessitando de uma quantidade menor de material ou mesmo utilizando técnicas mais precisas. Com isso, a recuperação tem sido mais ágil e os riscos de complicações para os pacientes, mais baixos. “O próximo passo é a pesquisa de células ou fragmentos de DNA tumoral circulante na corrente sanguínea, permitindo então o diagnóstico como se fosse um exame de sangue comum”, conta Nunes.

Riscos e dúvidas

Fazer uma biópsia não prejudica a saúde, mas cada procedimento invasivo pode trazer riscos. De acordo com Nunes, é importante que haja um esclarecimento, por parte do médico solicitante, sobre riscos e a importância dos exames.
Foto: Bigstcok.
Foto: Bigstcok.
Além disso, a solicitação de uma biópsia não significa que o paciente tem câncer, mas sim que é preciso investigar alguma lesão. “O procedimento pode ser solicitado para descartar uma suspeita, mas também utilizado para algumas doenças infecciosas ou inflamatórias, cujo diagnóstico é feito somente via amostra das células”, explica o especialista.
Ao ouvir do médico a solicitação da biópsia, a indicação é que se faça perguntas sobre quais os riscos do procedimento, o tempo de recuperação e a suspeita principal para ela. “Nunca o paciente deve ficar calado com dúvidas”, completa o especialista.

Veja quais são os tipos de biópsia e para que servem:

Excisional: geralmente é feita para lesões circunscritas e de fácil acesso, como linfonodos nas axilas ou nas virilhas. Trata-se de um processo cirúrgico para remoção do tecido suspeito em sua totalidade.
Endoscópica: é realizada para a coleta de lesões no aparelho digestivo (principalmente colón e estômago) e no pulmão. Fragmentos da lesão são retirados com o auxílio do endoscópio e o uso uma pinça cirúrgica.
Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAFF): feita geralmente para avaliação em nódulos da tireoide e nas mamas. Depois de localizar a lesão por palpação, o médico utiliza uma seringa com agulha fina para aspirar o tecido.
Agulha Grossa (core): utilizada principalmente para lesões em mamas, fígado, rins e pulmão, retira uma amostra do tecido suspeito com uma agulha mais grossa que a PAFF, acoplada a uma pistola especial.
Assistida a vácuo: é feita com agulhas mais espessas que a core, e colhe fragmentos do tecido suspeito da mama por sucção à vácuo.
Guiada por imagem: feita em locais de acesso mais difícil no corpo, trata-se de uma agulha fina ou core que retira fragmentos do tecido e é conduzida por ultrassom ou tomografia.
Aspiração e biópsia de medula óssea: a medula óssea é composta por uma parte líquida e outra sólida. Enquanto a líquida é aspirada, a sólida é retirada com o auxilio de uma agulha especial.
Fonte: Hospital Sírio-Libanês.
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