Saúde e Bem-Estar

Bruna Covacci

Saiba como identificar sintomas da meningite

Bruna Covacci
19/10/2016 09:00
O caso de Maria Luiza Pupo, 5 anos, morta por meningite, que se tornou conhecido depois do depoimento de sua mãe, Edilane Pupo, no Facebook, causou preocupação em pais e mães curitibanos. A Secretaria da Saúde, no entanto, afirma que não há nenhuma epidemia na cidade. Apesar de o caso de Maria Luiza ser bacteriano, a médica do Controle de Infecção e do setor de Qualidade do Hospital Santa Cruz, Adriana Blanco, lembra que a mudança de estações com alterações bruscas de temperatura são favoráveis para proliferações de infecções virais.
Como identificar
Por ser uma doença silenciosa, um dos seus maiores perigos é o diagnóstico retardado. Quando a criança fica com febre alta, dor de cabeça, sonolenta, deixa de se alimentar e há ocorrência de vômito ela pode estar com meningite. No entanto, o diagnóstico é facilmente confundido com outras viroses. No caso de crianças menores de dois anos a dica de Adriana é a de leva-lo ao pronto socorro se a criança não voltar a ficar animada. “Às vezes a febre pode baixar, mas se ela não quiser comer e continuar ‘molinha’ o ideal é procurar ajuda médica”, comenta.
Em crianças maiores de cinco anos o diagnóstico fica um pouco mais fácil e os pais podem ficar alerta à rigidez do pescoço. “É possível fazer o teste, ver se ela consegue encostar o queixo no peito. Se houver dificuldade é preciso desconfiar”, diz. Pontinhos vermelhos no corpo também podem ser sinal da doença.
Como prevenir
A higiene é muito importante já que a doença pode ser contraída por meio de contato salivar. Lavar as mãos, não compartilhar talheres ou comidas e deixar os ambientes sempre abertos para ventilar – mesmo em dias mais frios – são medidas fáceis e efetivas de prevenir a doença, assim como a vacinação. Em caso de contato com alguém que tenha contraído a doença existem antibióticos específicos.
Como tratar
Antitérmicos, analgésicos e remédios de suporte, assim como para reduzir náusea e vômito são usados no tratamento viral. No caso da doença bacteriana o antibiótico é aplicado em regime de internamento hospitalar e o tratamento pode variar de acordo com a situação do paciente.
Faixas de risco
A doença mais preocupante é a bacteriana, com maior recorrência no inverno. Se não tratada rapidamente pode deixar sequelas ou levar o paciente à óbito. Crianças com menos de dois anos ainda não tem o sistema imunológico totalmente desenvolvido e estão sendo vacinadas neste período, os idosos também são mais fragilizados.