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Vacinação contra febre amarela não precisa de reforço - uma dose é suficiente para proteção completa (Foto: Raquel Portugal / Fiocruz Imagens)
Vacinação contra febre amarela não precisa de reforço - uma dose é suficiente para proteção completa (Foto: Raquel Portugal / Fiocruz Imagens) | Foto: Raquel Portugal

O avanço na circulação do vírus da febre amarela tem assustado os moradores de estados e regiões próximas a Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo.

Só em São Paulo, foram registradas 13 mortes decorrentes da doença. O Paraná não é considerado um estado em risco pelo Ministério da Saúde, exceto a região oeste.

Quem recebeu a vacina contra febre amarela em algum momento da vida ainda está protegido, seja qual for o tempo decorrido da imunização, e não é mais necessário o reforço da dose.

“A vacina está no calendário nacional de vacinação nas regiões em que o Ministério da Saúde considera de risco para a febre amarela. Nessas regiões, o ministério vacina todos os moradores de rotina. Se a sua região não é de risco, a vacinação só deve ocorrer se você for viajar para alguma região do país em risco ou para algum país que exija a imunização”, explica Isabella Ballalai, médica pediatra e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Quem não deve tomar

Há, ainda, contraindicações na aplicação da vacina. Pessoas acima dos 60 anos de idade devem evitá-la, visto que nesse grupo o risco de reações adversas é maior. “A vacina da febre amarela é uma das mais seguras e, ainda que muito raramente, um caso para 3 milhões de doses, pode levar a um evento adverso grave que é a doença ser causada pela vacina”, reforça a médica.

A recomendação da SBIm, portanto, é a não vacinação de pessoas acima dos 60 anos que não vivam em regiões de risco de infecção ou que não viajem para essas regiões. “Vacinar por vacinar não deve acontecer nesse grupo”, alerta.

Da mesma forma, gestantes e bebês antes dos nove meses de idade também devem evitar, a não ser que o risco de adoecer pela febre amarela seja maior.

Vacina: uma vez na vida é suficiente

A mudança no reforço da vacina contra febre amarela, de a cada 10 anos para uma dose única, foi sugerida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotada no Brasil em 2017. Essa nova orientação se deve não pelo surgimento de uma nova vacina, mas porque estudos indicaram que uma dose é suficiente para a proteção total.

“O que mudou foi a percepção da proteção ao longo prazo. Diante da literatura e dos resultados práticos com a vacinação no mundo todo, podemos confiar que uma dose única é suficiente contra a febre amarela”, explica Isabella Ballalai.

Febre amarela: sinais e sintomas

Doença infecciosa aguda, de 10 dias de duração, em média, e com gravidade variável, a febre amarela é causada pelo vírus RNA e transmitida via picada de mosquito. A doença não é transmitida entre pessoas ou entre pessoas e macacos.

Dos sintomas mais comuns, febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômitos e dores no corpo são as mais comuns, além da icterícia, quando a pele e olhos ficam amarelados, e hemorragias via gengivas, nariz, estômago, intestino ou pela urina.

O tratamento se dá apenas para cuidar dos sintomas e a forma mais eficaz de prevenção é através da vacina.

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