Saúde e Bem-Estar

Da redação

Veja as frutas que reduzem o risco de diabete

Da redação
08/09/2016 20:30
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Pesquisa desenvolvida na Unesp alerta para o consumo de frutas cítricas como a laranja e o limão para reduzir fatores de risco para diabete tipo 2 e doenças cardiovasculares causados pela obesidade, como alterações no colesterol, glicose e pressão arterial. O trabalho desenvolvido pela doutoranda Paula Souza Ferreira, na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Unesp de Araraquara foi orientado pela professora Thaís Borges César. As informações são da agência de notícias da universidade.
Paula avaliou camundongos, separados por grupos, onde uma parte recebia uma dieta normal, com 10% de gordura, outra parte recebia uma dieta rica em gordura saturada, com banha de porco, com 45% de gordura, enquanto outra parte recebia a mesma dieta rica em gordura saturada, mas acrescentando substâncias cítricas em pó, chamadas de flavanonas cítricas (uma subclasse dos flavonoides, componentes encontrados em frutas, vegetais, flores, mel, chás e vinhos).
Neste último grupo, com o acréscimo destas substâncias cítricas, Paula descobriu que estes animais engordaram, mas tiveram menor acúmulo de gordura no fígado e não tiveram a inflamação causada pela obesidade que aumenta a probabilidade para a obtenção de colesterol alto, hipertensão, diabete e doenças cardiovasculares. “As substâncias presentes nas frutas cítricas têm atividades biológicas, o que faz melhorar o perfil metabólico e reduzir o risco de pessoas terem essas doenças causadas pela obesidade”, conclui.
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Para Paula, os resultados indicam que, no futuro, é possível usar as flavanonas cítricas para prevenir ou retardar doenças crônicas causadas pela obesidade em seres humanos.
Os componentes cítricos reduzem o estresse oxidativo, que danifica células saudáveis. Os agentes dessa destruição são chamados de espécies reativas de oxigênio, que são radicais livres gerados pelas células de gordura. Organismos obesos sofrem mais estresse oxidativo por possuírem maior acúmulo de gordura corporal, principalmente na porção abdominal, o que com tempo diminui a capacidade natural do corpo de combater radicais livres e pode aumentar os níveis de inflamação sistêmica, causando danos em órgãos como o fígado e coração.
A pesquisa, resultado da dissertação de mestrado de Paula foi apresentada na 252ª Reunião Nacional da Sociedade Americana de Química (ACS, na sigla em inglês), realizada na Filadélfia (Estados Unidos). As substâncias cítricas foram fornecidas pela USDA – United States Department of Agriculture e isoladas pelo Dr. John Manthey.