Saúde e Bem-Estar

Willian Bressan

Os erros mais comuns na academia

Willian Bressan
02/07/2015 10:50
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Ficar em forma é o desejo de muitas pessoas. Mas o que elas não percebem é que o resultado acaba não sendo tão satisfatório por erros que elas mesmas cometem durante os exercícios. O professor doutor em Educação Física Ricardo Martins de Souza, do UniBrasil, e o treinador da Bodytech Bruno Scroccaro conversaram com o Viver Bem sobre os erros mais comuns praticados nas academias. Confira:
Por conta
Criar séries por conta na musculação, sem ajuda ou acompanhamento de um profissional, além de errado pode trazer muitos problemas no futuro. A melhor dica é contar com a supervisão de um personal trainer formado em Educação Física.
(Falta de) alimentação
Bruno Scroccaro conta que um erro bem frequente é a falta de alimentação correta antes e após os treinos. “Não adianta treinar em jejum, isso não faz bem à saúde. Além disso, é recomendável procurar um nutricionista para que se atinja os resultados esperados”, aconselha o treinador da Bodytech. Ele ainda recomenda que a alimentação antes do treino seja composta por carboidratos e proteínas e nunca por gorduras. Uma boa opção é a tapioca, pois ela fornece energia instantânea para o treino.
Academia não é passarela
E também não é a São Paulo Fashion Week. A recomendação é sempre usar a roupa mais leve possível e, caso haja a possibilidade, com uma tecnologia que o suor não incomode tanto. “Muita roupa, como blusa e calça, não funciona na academia. Além disso, é sempre bom escolher um calçado adequado ao ambiente. Sapatênis e calçados mais sociais devem ser dispensados”, ressalta Scroccaro.
Alongamento x aquecimento
Fazer alongamento antes de qualquer atividade física não garante que você não irá se machucar. “O efeito do alongamento é muito rápido, dura apenas alguns minutos. Ele ajuda a longo prazo, na flexibilidade”, desmitifica Souza. O aquecimento, ao contrário, é essencial e protege durante a prática esportiva.
Tempo x intensidade
Séries longas de 50, 55 minutos não garantem um resultado fabuloso no final. O professor Ricardo Martins de Souza explica que exercícios realizados entre 15 a 20 minutos, mas com intensidade, são mais eficientes para se atingir o objetivo. “A questão não é quantas vezes ou quanto tempo eu faço, mas sim como aquela série me desafia. Não adianta ficar 1 hora na academia e executar todos os exercícios de forma confortável. Por isso, uma ida de 20 minutos, mas com desafio e intensidade, é mais proveitosa”, defende.
Evolução
Ir com muita sede ao pote também não adianta. É preciso ter um planejamento para que a intensidade do exercício vá aumentando progressivamente. “Não adianta começar com uma intensidade muito alta, é melhor começar aos poucos”, recomenda Scroccaro.
Desconforto faz parte
Outro erro comum é as pessoas dimunuírem a carga das atividades quando elas começam a “incomodar”. Dessa forma, não há desafio, não há trabalho do músculo, nem desconforto, o que significa que não haverá resultado.
Peso não é tudo
Nem sempre agregar cada vez mais peso nos exercícios de musculação fará com que você perca peso. Souza explica que é possível fazer uma série desafiadora e intensa com pouca carga. O fator primordial do sucesso é a qualidade da execução. “Ficar olhando só para o peso é um grande equívoco. Quem levanta mais peso é apenas mais forte, não que está perdendo mais peso. Olhe para as suas necessidades”, aconselha Souza.
A dor não é obrigatória
É comum encontrar gente que diz que “quanto mais dor, melhor”,  versão brasileira do lema “no pain, no gain“. As máximas são meias-verdades. O professor do Unibrasil diz que a dor muscular é esperada e chamada de “dor tardia”. Ela acontece no dia seguinte ao exercício e sempre some depois de alguns dias. Mas uma dor insistente, que não desaparece, e fora do músculo, como num tendão, precisa ser investigada. Outro mito é que todas as pessoas terão dor após o treinamento. “Você pode continuar emagrecendo, fazendo exercício e não sentir dor”, esclarece Souza.