Saúde e Bem-Estar

Vacinação contra HPV sem relação com sexo inseguro

Adriano Justino
19/03/2015 14:48
Thumbnail

(Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo)

Não deixar que as meninas mais novas se vacinem contra o HPV acreditando que isso poderá incentivar relações sexuais de risco é besteira, conforme indica o estudo publicado na revista britânica The Lancet e no Journal of American Medical Association (JAMA), em fevereiro.
Segundo a pesquisa, desenvolvida por diversas universidades norte-americanas, entre elas a Escola de Medicina de Harvard, a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) continua baixa, mesmo nos Estados Unidos. Entre os argumentos dos pais, está o medo de que a vacina promova atividades sexuais de risco, e aumente a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Para comprovar o erro no pensamento dos pais, os pesquisadores analisaram mais de 200 mil meninas, entre 12 e 18 anos de idade, entre os anos de 2005 e 2010. As taxas de DST’s, como clamídia, gonorreia, hepers, aids e sífilis, aumentaram tanto nas meninas vacinadas quanto nas não-vacinadas.
“A taxa de diferença foi de 1,05, por mil. Isso indica que a vacinação contra o HPV não está associada com aumento nas DST’s em um grande grupo de meninas, sugerindo que é improvável a promoção de atividades sexuais inseguras devido à vacinação”, afirma o estudo.