Tente imaginar um lugar sem cereais como a cevada, o centeio, o trigo e o malte: este é o mundo do celíaco, intolerante à ingestão de glúten, uma mistura de proteínas presente nesses alimentos. Hoje são 2 milhões de brasileiros geneticamente predispostos a doença celíaca (DC) e que são lembrados por órgãos de saúde e associações da área neste mês – no último dia 17 foi celebrado o Dia do Celíaco no Brasil, comemorado em outros países no último dia 5.
Quando ingere glúten, o celíaco sofre um processo inflamatório na mucosa do intestino delgado que causa danos às paredes intestinais, prejudicando a absorção de nutrientes e afetando os sistemas nervoso, reprodutivo, endócrino, ossos, pele, fígado, entre outros males, diz a nutricionista Lilian Barros, da VITAO Alimentos.
Entre os produtos permitidos para os celíacos estão os derivados de milho, do arroz, da mandioca, as massas feitas com as farinhas desses alimentos, além de verduras, frutas e legumes, grãos, carnes e leites, quando não houver desenvolvido intolerância à lactose também. “Hoje há cookies, biscoitos, massas como bolos, pães e macarrão, bebidas e farinhas, como a de arroz, para substituir a de trigo, entre outros”, lista a nutricionista.
Na rotina dos portadores de DC está ter de fazer uma pesquisa minuciosa dos locais que frequentam e dos ingredientes que compõem a refeição. A ideia é evitar contaminações cruzadas, que acontecem quando alimentos com e sem glúten são preparados no mesmo ambiente e servidos nos mesmos utensílios, já que o glúten permanece no ar. “Evite preparar no mesmo local e horário produtos com e sem glúten ou utilizar utensílios de cozinha de uso exclusivo de celíacos, como tábuas de carne, grelhas e eletrodomésticos”, explica Lilian.
