Turismo

Aeroporto de R$1,4 bilhão finalmente começa a receber voos comerciais regulares

Rafael Costa
09/08/2017 18:00
Thumbnail

Foto: Paul Tyson/Wikimedia Commons

O aeroporto do território britânico de Santa Helena, obra bilionária que teve seu uso frustrado no ano passado, após a constatação de que os ventos fortes e imprevisíveis da ilha do Atlântico Sul impossibilitavam o pouso de aviões comerciais, finalmente teve sua primeira rota regular divulgada.
A companhia sul-africana Airlink anunciou, em comunicado conjunto com o governo da ilha, que vai operar a partir de outubro um voo semanal entre o terminal de Santa Helena e o Aeroporto Internacional Oliver Tambo, em Joanesburgo, na África do Sul.
O voo será feito com um E190, da Embraer — bimotor com capacidade para transporte de 80 a 124 passageiros que foi utilizado em um bem sucedido pouso-teste na ilha, em janeiro de 2017.
Segundo o CEO e diretor geral da Airlink, Rodger Foster, a aeronave se mostrou a mais adequada para as “condições ambientais exigentes” da ilha.
Veja um vídeo do pouso-teste:
O voo será operado aos sábados, em um horário que permitirá conexões com voos para o Reino Unido e para a Europa. O aeroporto de Joanesburgo tem ligações com cerca de 80 aeroportos pelo mundo. A rota terá escala na Namíbia, onde poderá ser feita conexão com a Cidade do Cabo.
A Airlink também vai operar um voo mensal entre Santa Helena e a Ilha de Ascensão, outro componente do território britânico ultramarino de Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha.
Relembre o caso
O primeiro aeroporto de Santa Helena custou 295 milhões de libras esterlinas — cerca de R$ 1,2 bilhão.
A obra seria de grande importância para a população de cerca de 4,1 mil pessoas da ilha: hoje, os moradores contam apenas com um antigo navio do Correio Real para chegar até a Cidade do Cabo, na África do Sul. A viagem pode durar até seis dias.
O tempo estimado de voo entre o terminal de Santa Helena e o aeroporto de Joanesburgo será de 6h15.
Com a inauguração da rota, é esperado um aumento no fluxo de turistas e na atividade econômica da ilha.
LEIA TAMBÉM