Turismo
Aproveite o feriado e o 3º Festival de Blues para conhecer Antonina
O centro histórico de Antonina é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). (Foto: Antonio More/Gazeta do Povo) | GAZETA
A cidade litorânea de Antonina é um dos destinos históricos mais famosos do Paraná. A 77 quilômetros de Curitiba, a cidade é conhecida pelo carnaval de rua, mas abriga também outras atrações como belezas naturais, cultura religiosa e gastronômica. Nos próximos quatro dias, no feriadão de Corpus Christi, a cidade recebe o 3º Antonina Blues Festival, que promete agitar a cena litorânea com atrações internacionais e nacionais do ritmo negro norte-americano.
Quem for participar do festival, além da programação oficial, pode aproveitar o tempo para fazer um passeio de barco, que sai do Trapiche Municipal e percorre as ilhas Comprida e do Corisco por cerca de 45 minutos. Da baía, é possível ter uma vista privilegiada dos prédios históricos da cidade e também do Pico do Paraná, o maior do sul do Brasil, com 1.962 metros.
Os turistas que curtem natureza podem se encantar com a presença das aves nativas, como a garça branca, o biguá e o colhereiro. Antonina é um bom local para a observação de pássaros, prática conhecida como birdwatching. Cerca de 100 espécies de aves vivem nos arredores da cidade, cravada na Mata Atlântica.
História a céu aberto
Perto de completar 303 anos, Antonina foi fundada em devoção à Nossa Senhora do Pilar. A festa da padroeira, no mês de agosto, recebe milhares peregrinos e romeiros para as novenas, procissões e outras festividades que acontecem na Praça Coronel Macedo, no centro da cidade.
No centro também há diversos monumentos relacionados ao ciclo da erva-mate, como o coreto, o chafariz, o busto de Getúlio Vargas e a Carta Testamento. Antonina guarda muitos outros conjuntos arquitetônicos em suas ruas estreitas, também cheios de história. Na Rua Doutor Carlos Gomes da Costa, está a Igreja de São Benedito, construída em 1924, que já serviu de refúgio de escravos.
No mesmo endereço, os visitantes encontram o Teatro Municipal, construído em 1906 e muito rico em adornos. Na Praça Carlos Cavalcanti, próximo à Estação Ferroviária, está a Igreja Bom Jesus de Saivá, tombada em 1970 pelo Patrimônio Histórico do Paraná. No setor histórico de Antonina, o turista pode conferir a arquitetura luso-brasileira e eclética nos sobrados, ruínas e calçadas de pedra.
A Ponta da Pita, formação rochosa que avança para a baía, é um dos locais que vai reunir boa parte dos shows do festival. No verão é um lugar ótimo para banhos e pescarias, além da prática de esportes náuticos.
O bairro Laranjeiras tem dois atrativos importantes. O primeiro é a Fonte da Carioca, que abasteceu a cidade de água de 1867 a 1930, tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1969. O segundo é a Fonte da Laranjeira, com caminho de paralelepípedos em meio à densa vegetação, situada no início da trilha que leva ao Mirante da Pedra, com uma bela vista da cidade.
Como chegar
Existem três formas de chegar a Antonina: de carro pela BR 277, seguindo pela PR 408, ou pela estrada da Graciosa, famosa pelas curvas e paisagem bucólica – siga pela BR 116 e, no Portal da Graciosa, vá pela PR 410. A viagem de ônibus é feita pela empresa Graciosa e custa R$ 29,81. Caso queira viver uma experiência bem turística, há a opção da viagem de trem até Morretes. De lá, o turista deve pegar outro transporte até Antonina. As reservas e horários de partida dos trens podem ser feitas na página da Serra Verde Express. Os valores partem de R$ 119 + taxas.
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