Turismo

Casas de luxo compartilhadas são opções de hospedagem

Katia Michelle
18/11/2016 20:30
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Só em Miami, empresa oferece 200 casas de luxo que podem ser "compartilhadas". Valor vai de U$ 400 a U$ 18 mil a diária. Foto: Dolce Vacation

Na onda do compartilhamento, mas sem perder o conforto e a praticidade de um hotel, casas luxuosas têm sido uma opção de hospedagem em diversos cantos do mundo. Vantagem para o proprietário, que ganha muito mais do que um aluguel mensal e para o hóspede, que tem à disposição serviços de um hotel 5 estrelas com a privacidade de brinde.
Em apenas quatro meses de operação, a empresa Dolce Vacation, que oferece esse tipo de serviço, já tem 180 residências de luxo para aluguel de curta temporada em Miami, mas já está de olho em outras regiões de intensa procura. “O grande desafio do compartilhamento é a profissionalização desse mercado. Especialmente no que diz respeito a residências. Existem custos altos, que vão da manutenção aos riscos para quem aluga e até para os hóspedes”, explica Bruno Kennerly Benevides, sócio e um dos fundadores da Dolce Vacation.
Sala de casa em Miami do portfólio da Dolce Vacation. Valor do aluguel pode chegar a U$ 18 mil a diária, dependendo do local
Sala de casa em Miami do portfólio da Dolce Vacation. Valor do aluguel pode chegar a U$ 18 mil a diária, dependendo do local
Segundo ele, os hóspedes devem ficar atentos, por exemplo, a câmeras escondidas, o que viola à política de privacidade de ambas as partes. Já os proprietários podem temer pela depreciação do imóvel, mas com contratos e garantia de ressarcimentos, essa questão fica mais difícil de acontecer. O empresário garante que essa é uma revolução social que gera mudanças nos hábitos e costumes, e que impacta diretamente o consumidor, que vê no compartilhamento uma oportunidade, tanto para usufruir, quanto para gerar renda. Apesar do serviço em expansão, o compartilhamento de residências é algo complexo e que exige profissionalização. Há “riscos” para dois lados, portanto, hóspedes e proprietários devem ficar atentos.
Assim como em um hotel, é realizado check in e check out, garantindo limpeza, consertos, higienização, dedetização e toda a preparação para a chegada do hóspede. Foto: site Dolce Vacation.
Assim como em um hotel, é realizado check in e check out, garantindo limpeza, consertos, higienização, dedetização e toda a preparação para a chegada do hóspede. Foto: site Dolce Vacation.
Benevides explica que a frequência de uso de imóveis de regiões de turismo, especialmente fora do Brasil, é pequena. “Há quem use de três a quatro vezes por ano, ou seja, a propriedade fica mais de 80% do tempo desocupada, o que gera depreciação”. O compartilhamento, no entanto, pode quebrar esse paradigma e se transformar em uma experiência vantajosa e lucrativa.
Para o locatário, a vantagem é grande. Além da privacidade, a Dolce Vacation explica que  há um sistema rigoroso de padronização.  Assim como em um hotel, é realizado check in e check out, garantindo limpeza, consertos, higienização, dedetização e toda a preparação para a chegada do hóspede.
A empresa começou sua operação em Miami, pela cidade ser um ponto de passagem e de partida para muitos outros destinos. Em três meses, já são mais de 180 propriedades de alto padrão em portfólio, todas em áreas que permitem o aluguel de curta temporada. Até o primeiro trimestre de 2017, a ideia é estar também com operações em Nova York, Orlando, Sidney, Paris, Londres, Mikonos, Ibiza, Saint Tropez, além de Trancoso e São Paulo. O valor das casas pode variar de U$ 400 até U$ 18 mil a diária