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Cidade recebe mais de 7 milhões de visitantes por ano. Foto: Isadora Rupp/Gazeta do Povo.
Cidade recebe mais de 7 milhões de visitantes por ano. Foto: Isadora Rupp/Gazeta do Povo. | Foto:

O dia ensolarado e ameno ajudou: mas o fato é que turistas de todo o mundo estavam empolgados, mesmo com uma longa fila para comprar ingressos e inspeção minuciosa de bolsas e casacos, para visitar o Castelo de Windsor, a casa da rainha da Inglaterra, localizado a 40 quilômetros de Londres.  Algumas salas do espaço, que guarda mais de 900 anos de história real, e a sua capela, a St George´s Chapel receberão no dia 19 o casamento do ano: a união do príncipe Harry com a atriz Meghan Markle.

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A cidade de Windsor em Berkshire, na Inglaterra, agradece a devoção dos turistas-suditos: a economia do local, onde vivem cerca de 30 mil habitantes, é dependente desse turismo — são mais de sete milhões de visitantes por ano que visitam Windsor, o maior e mais antigo castelo ocupado do mundo — 39 monarcas viveram no Castelo.

Foto: Isadora Rupp.
Foto: Isadora Rupp.

Elizabeth II se divide entre a pequena cidade e Londres. “Buckingham é o seu escritório. Aqui é a casa dela. A corte sempre vem para feriados e, na Páscoa, ela passa o mês todo. Então, a rainha está aqui!”, diz empolgada a guia Amanda Bryett. “Mas nesse horário, 11 da manhã, ela deve estar cavalgando. A rainha ainda faz isso todas as manhãs” revela a guia, que conta também o nome do pônei de Elizabeth: Ema.

Os guardas no Castelo: 160 vivem no local. Foto: Isadora Rupp/Gazeta do Povo.
Os guardas no Castelo: 160 vivem no local. Foto: Isadora Rupp/Gazeta do Povo.

Além de reunir a corte nos feriados e finais de semana, Elizabeth II também gosta de convidar artistas pop para um “chá das cinco”: as atrizes Judi Dench e Hellen Mirren, a cantora Kyle Minougue e, claro, “Sir” Elton John são algumas das personalidades que já passaram pelo castelo, onde vivem 160 pessoas (entre funcionários e membros da família).

A visita

Depois de comprar os ingressos (que custam 21 libras, cerca de R$ 100), você pode contratar guias especializados ou se juntar em uma excursão gratuita de 30 minutos pelas áreas externas do castelo que conta um pouco da história do espaço, construído no século 11 e sobrevivente da Guerra Civil Inglesa (1642-1651).

Além disso, dá para conhecer a St George´s Chapel, exemplar da arquitetura gótica inglesa e igreja de muitos casamentos reais — como o de Harry e Megan, no dia 19. “Aqui terão câmeras por todos os lados”, conta Amanda, que revela outras curiosidades da união. “O bouquet não é jogado como tradicionalmente feito. Ele vai ser levado para Londres e deixado no túmulo da Rainha Vitória”.

A capela é um exemplar da arquitetura gótica inglesa. Foto: Isadora Rupp.
A capela é um exemplar da arquitetura gótica inglesa. Foto: Isadora Rupp.

A capela tem capacidade para 800 pessoas (a cerimônia terá 600 convidados) e é lar espiritual da Ordem Jarreteira, a mais antiga da Cavalaria Britânica (estabelecida por Eduardo III, em 1348).  No espaço, também estão os túmulos de 10 monarcas (como Henrique VIII). Na visita, não esqueça do básico: olhar para cima e ver o suntuoso teto de pedra.

>> Confira os detalhes arquitetônicos do Castelo de Windsor 

Para quem achou que não tem chances de casar na capela, um alento: não é preciso ser exatamente membro da família real, mas é necessário ter alguma ligação com a realeza. “Aí é só pedir permissão para a rainha”, conta a guia.

Salões majestosos

Após a caminhada pelos arredores, o tour começa pelos salões decorados de maneira suntuosa com obras de arte da Coleção Real, uniformes, porcelanas, entre outros itens, e nos chamados “states apartments”, uma sequência de quartos de formam a peça central do castelo. Também dá para passear no hall St. George´s e se imaginar nos eventos realizados pela realeza no espaço — Amanda aposta que esse será um dos cômodos usados na recepção do casamento de Harry e Megan.

Foto: Divulgação.
Foto: Divulgação.

Na visita, não deixe de observar uma placa que marca um momento dramático para o Castelo: um incêndio em novembro de 1992, que danificou muitos cômodos do local — a restauração foi finalizada cinco anos depois, no aniversário de 50 anos de casamento da rainha com o príncipe Philip, o Duque de Edimburgo.

Também é imperdível ver a casa de bonecas da Rainha Mary: foi construída para ela pelo arquiteto Edwin Lutyens entre 1921 e 1924. A ideia era mostrar da forma mais realista possível as facetas da vida moderna daquela década. O brinquedo é todo cheio de detalhes — tem até eletricidade e água.

Foto: Divulgação.
Foto: Divulgação.

Andando pela cidade

Ao invés de voltar correndo para Londres depois do passeio — como fazem muitos turistas — a sugestão é aproveitar o resto da manhã e o começo da tarde para caminhar um pouco pela cidade, que é muito bonita e repleta de cafés, restaurantes e lojas.

Foto: Isadora Rupp/Gazeta do Povo.
Foto: Isadora Rupp/Gazeta do Povo.

Dê uma volta, compre lembrancinhas (tem desde os chás ingleses e imãs de geladeira até porcelanas com um ar meio kitsh, com os rostos da rainha ou dos casais mais jovens), conheça a Rua Rainha Charlotte (conhecida como a menor rua do Reino Unido) e finalize com um tradicional fish and chips em algum pub. Dá para tomar uma dose de gin também — e trazer uma garrafa criada especialmente para celebrar o casamento.

Como visitar a capela e o castelo que recebeu o casamento de Meghan Markle e Harry

Serviço

Como chegar: Há várias empresas de turismo que realizam o passeio de um dia para Windsor em ônibus ou vans, mas é possível ir de Londres até a cidade facilmente com transporte público: a partir das estações Waterloo (viagem de trem de 55 minutos) ou Paddington (30 minutos em média). A estação central fica bem próxima ao castelo, e o turista pode se deslocar a pé. Mais detalhes sobre a visita no site do Windsor Castle.

*A jornalista viajou a convite do Visit Britain.

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