Turismo
Curitibano viaja por 16 países que não existem
Estação de trem em Tiraspol, na Transnístria. Foto: Arquivo pessoal
Somalilândia parece um nome inventado. Mas, é um “país”. Com aspas mesmo porque apesar de ter fronteiras, moeda, bandeira e população não é reconhecido como tal por ninguém, apesar de ser independente desde 1991. Esse território localizado no chamado Chifre da África não faz parte dos 193 países-membros da ONU. Foi essa particularidade que chamou a atenção de Guilherme Canever, autor do livro Uma viagem pelos países que não existem, da Pulp Edições. Ele visitou 16 países não reconhecidos pela ONU. Alguns que certamente você já ouviu falar, como Palestina, Kosovo, Caxemira, Tibete e Taiwan. Agora Ossétia do Sul, Transnítria, Abecássia e Nagorno-Karabakh, talvez não.
Ele diz não ter um preferido, até porque cada um tem uma peculiaridade. “Na Palestina há sítios arqueológicos. O norte do Chipre tem praias lindas. A Somalilândia é desértica. Cada um tem um estilo”, diz citando alguns. Ele também cita repúblicas renascidas na antiga União Soviética, como Nagorno-Karabakh, que fazia parte do Azerbaijão.
Ele lembra que Palestina, Kosovo e Taiwan estão participando das Olimpíadas, mas não são países membros das Nações Unidas (Palestina é Estado Observador).
Ele lembra que Palestina, Kosovo e Taiwan estão participando das Olimpíadas, mas não são países membros das Nações Unidas (Palestina é Estado Observador).
LEIA MAIS
>>> Quatro destinos de luxo com uma pitada de ação
>>> Quatro destinos de luxo com uma pitada de ação
Canever, que visitou o primeiro desses países em 2009 e o último em 2014, conta que enfrentou muitos percalços para chegar até esses locais. Muitas vezes viajou por terra e precisou se informar muito antes sobre os procedimentos de entrada em cada um deles. “Para entrar na Abecássia é necessária uma carta de autorização. Na Ossétia do Sul também e ela demora cerca de um mês. O visto é mais para sair do país mesmo”, explica.
A barreira da língua não foi impeditiva também. “Em Kosovo eles estão mais acostumados com estrangeiros. Mas, quando descobrem que você é turista, te tratam ainda melhor. O sentimento de nacionalismo é muito forte”, comenta.
A barreira da língua não foi impeditiva também. “Em Kosovo eles estão mais acostumados com estrangeiros. Mas, quando descobrem que você é turista, te tratam ainda melhor. O sentimento de nacionalismo é muito forte”, comenta.
Se fosse para indicar alguns desses países para quem quer conhecer, Canever cita Palestina e Kosovo. Eles são citados por ele como “quase-países” porque tem o reconhecimento de boa parte dos países membros da ONU (Kosovo é reconhecido por 108 estados membros e a Palestina por 134). “Kosovo é um novo país europeu. Tem cidades históricas, igrejas e um centro antigo. O euro é moeda lá”, conta.
Canever diz que algumas vezes viajou sozinho. Em outras ocasiões teve a companhia da esposa, da família e até do filho (na época da primeira viagem com o pequeno, ele tinha apenas sete meses).
É uma história de família que talvez se repita. Canever, que é engenheiro florestal por formação, nasceu em uma família de viajantes e exploradores do mundo. Ele tem dois livros já lançados: De Cape Town a Muscat: Uma Aventura pela África e De Istambul a Nova Délhi, Uma Aventura pela Rota da Seda. Tem o blog sairporai.
Canever diz que algumas vezes viajou sozinho. Em outras ocasiões teve a companhia da esposa, da família e até do filho (na época da primeira viagem com o pequeno, ele tinha apenas sete meses).
É uma história de família que talvez se repita. Canever, que é engenheiro florestal por formação, nasceu em uma família de viajantes e exploradores do mundo. Ele tem dois livros já lançados: De Cape Town a Muscat: Uma Aventura pela África e De Istambul a Nova Délhi, Uma Aventura pela Rota da Seda. Tem o blog sairporai.
Confira algumas dicas de locais para visitar: