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Céu limpo e menos mosquitos; veja dicas e locais para acampar no inverno

Redação
17/06/2017 08:00
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(Foto: Bigstock)

Acampar no inverno pode não soar como boa ideia para muita gente, mas com os equipamentos e atitudes corretas é uma boa opção para quem quer entrar em contato com a natureza de forma econômica. A estação costuma a ser boa para trilhas e caminhadas em serras e montanhas, com a vantagem de encontrar menos turistas no caminho. Antes de acampar, porém, não se esqueça de verificar a segurança do local e se é permitido montar barracas na região.
Não subestime o frio e vá preparado para baixas temperaturas. O volume carregado na mochila será maior, mas não deixe de levar o que julgar necessário. Verificar a previsão do tempo e planejar para chegar ao local do acampamento antes de escurecer são duas dicas básicas para quem pensa em acampar na estação mais fria do ano.
Antes de sair de casa pesquise um lugar seguro para montar a barraca, preferencialmente um camping com boa estrutura. Alguns parques e reservas naturais também tem a opção para pernoitar em barracas, como o Parque Estadual Pico do Marumbi, considerado patrimônio da humanidade e reserva da biosfera pela Unesco.

Quais roupas levar?

A antiga técnica de se vestir em camadas é a mais eficaz para manter o corpo aquecido. São basicamente três camadas: a primeira deve ser de tecido sintético e fino que facilite a transferência do suor e faça o isolamento térmico do corpo; a segunda camada deve aquecer o corpo, como blusas com tecido fleece ou fibra polar; a última camada deve proteger contra chuva e vento, com tecidos impermeáveis como Dry Tech.
É importante manter a cabeça aquecida com gorro e proteger mãos e pés com luvas e meias. O cachecol não é prático para quem faz atividades ao ar libre, porque suas pontas podem enroscar em algo durante a trilha. Opte por usar uma pescoceira de fibra polar.
Não leve calça jeans ou camisetas de algodão. São tecidos que demoram para secar e não esquentam muito.
Lembre-se de carregar na mochila roupas secas dentro de sacos plásticos, evitando o contato com a umidade. Essas roupas devem ser trocadas assim que entrar na barraca, retirando usada durante a caminhada que pode estar úmida de suor.

O que comer?

Se alimente com frequência e com alimentos calóricos, ricos em gorduras e carboidratos – como frutas secas, nozes e barras de cereais. Durante a caminhada o corpo queima calorias e é importante carregar esses lanchinhos em locais de fácil acesso para consumir ao longo trilha.
Beba muita água, mesmo sem sentir sede, para manter-se hidratado. Um corpo com sede sente mais frio.
Uma boa ideia de janta pode ser uma sopa instantânea, que irá aquecer e hidratar. Outras opções incluem a manteiga de amendoim, biscoitos, queijo, sardinha enlatada e cereais secos.

Como se manter quente na barraca durante a noite?

Para montar a barraca, é ideal buscar um local que pegue sol pela manhã e que esteja protegido do vento. Saber o grau de impermeabilidade do tecido, se aguenta uma chuvinha ou chuvas mais fortes, é fundamental na escolha de qual barraca levar.
Quanto maior for a barraca, mais frio será dentro dela, por isso opte por barracas menores. A barraca deve ter aquela “janelinha” na parte superior para a circulação de ar, evitando que o ar quente da respiração fique condensado nas paredes e forme gotículas.
Fazer exercícios antes de entrar no saco de dormir aumentará a temperatura corporal. Alguns polichinelos ou abdominais podem ser uma boa ideia. Dividir a barraca com outra pessoa também ameniza o frio, mas lembre que quanto mais pessoas dentro da barraca, maior precisa ser a circulação de ar.
Garrafas são boas aliadas contra o frio. Garrafa térmica com água quente pode render uma caneca de chá antes de dormir. Colocar água quente, sem ferver, em garrafas pet ou squeeze podem aquecer os pés dentro do saco de dormir. É importante se certificar que a garrafa está vedada corretamente, caso contrário irá molhar os pés e o saco de dormir.

Veja onde acampar perto de Curitiba:

Reserva Natural Salto Morato: localizada na cidade de Guaraqueçaba, a 170 km de Curitiba, a reserva conta com banheiros, churrasqueiras e trilhas de até seis quilômetros. O camping tem capacidade para 15 barracas e é necessário agendar com antecedência.
Parque Nacional de Superagui: também no município de Guaraqueçaba, o parque possui a opção de camping para quem quer passar mais tempo no local. Espécies de animais ameaçados de extinção podem ser encontrados na área, considerada Sítio do Patrimônio Natural e Reserva da Biosfera pela Unesco.
Parque Estadual Pico do Marumbi: a 80 quilômetros de Curitiba, o parque abrange os municípios de Morretes, Quatro Barras e Piraquara e é a maior unidade de conservação do Paraná aberta ao público. A Unidade de Conservação protege um conjunto de montanhas e atrai adeptos  do montanhismo, da canoagem e campistas.
Cachoeira da Mariquinha: a cachoeira com 30 metros de altura fica a duas horas de distância de Curitiba. O local é propriedade da família Schebel e conta com lanchonete, banheiros e camping.
Canyon São Jorge: considerado Unidade de Conservação Municipal, o canyon está a 15 km do centro de Ponta Grossa e possui diversas cachoeiras.  É possível acampar e praticar rappel nos paredões. O local ainda oferece sanitários, lanchonete e trilhas sinalizadas.
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