Turismo

Conheça os lugares paradisíacos mais prováveis para a lua de mel de Harry e Meghan

Carolina Werneck
21/05/2018 17:00
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Até agora a maioria das pessoas que apostaram no destino da Lua de Mel real, cita a Namíbia, na África, como o destino mais provável. Foto: Bigstock

Depois de um casamento fantástico no último sábado (19), o príncipe Harry e Meghan Markle ainda não conseguiram sair em lua de mel. Compromissos oficiais, incluindo a comemoração do aniversário de 70 anos do pai de Harry, o príncipe Charles, obrigaram o casal a adiar a viagem. Mas para onde eles vão assim que a agenda permitir?
Embora o destino escolhido ainda não tenha sido divulgado, as tradicionais casas de apostas do Reino Unido já têm seus palpites. Até agora a maioria das pessoas que apostaram cita a Namíbia, na África, como mais provável. O Viver Bem separou um pequeno roteiro para o país e também para Botsuana, outro dos lugares que estão sendo cogitados para a lua de mel real. Os destinos estão sendo lembrados pelos apostadores devido à forte ligação do casal com o continente africano.

Na Namínia, o deserto e as estrelas

Com mais de 825 mil km², a Namíbia tem nada menos que dois desertos em seu território. Eles são o Deserto da Namíbia e o Kalahari. O primeiro fica na região costeira do país e tem algumas das dunas mais altas do mundo. Ali, as grandes montanhas de areia podem chegar a ter mais de 300 metros de altura. São 1600 km de extensão ao longo do litoral da Namíbia. Em alguns pontos, o deserto chega a adentrar o território namibiano em 160 km.
O Deserto da Namíbia é considerado o mais antigo do mundo, com 55 milhões de anos. Foto: Unsplash
O Deserto da Namíbia é considerado o mais antigo do mundo, com 55 milhões de anos. Foto: Unsplash
Tanta areia e nenhuma civilização por perto proporcionam lindas paisagens tanto durante o dia quanto à noite. Isso porque, sem luzes artificiais ao redor, a noite muito escura tem como destaque um grande número de estrelas brilhando no céu. Para ver esse espetáculo um dos melhores destinos é Sossusvlei. Localizado apenas 45 km depois da entrada do Parque Nacional Namib-Naukluft, esse é um dos lugares em que se pode ver o nascer do sol do alto das dunas. Mas atenção, para isso é necessário estar hospedado dentro do parque. Para entrar no Namib-Naukluft é preciso pagar uma taxa de 80 dólares da Namíbia (N$ 80, cerca de R$ 24) por pessoa. Também é cobrado um valor de N$ 10 por carro com até dez assentos (cerca de R$ 3).
Ainda em Sossusvlei, não deixe de visitar a região em que estão as árvores petrificadas. Faz mais de 900 anos que essas árvores estão ali, vendo passar o vento e o tempo, bem ao lado da Big Daddy, uma das maiores dunas de todo o Deserto da Namíbia. Chegar ao topo dessa gigante leva cerca de uma hora inteira a partir do Deadvlei, onde estão as árvores petrificadas.
Árvores petrificadas há 900 anos em Deadvlei, no Deserto da Namínia. Foto: Unsplash
Árvores petrificadas há 900 anos em Deadvlei, no Deserto da Namínia. Foto: Unsplash

Safári e cânion namibianos

Se Harry e Meghan fizerem questão de visitar um safári durante a lua de mel, a Namíbia tem um com mais de 22 mil km². Trata-se do Etosha National Park. O parque fica a 420 km da capital namibiana, Windhoek, e tem três entradas principais. É possível entrar pelo Anderson Gate, pelo Von Lindequist Gate ou pelo Galton Gate. Assim como no Namib-Naukluft, a entrada no Etosha também custa N$ 80 (cerca de R$ 24) por pessoa e N$ 10 (cerca de R$ 3) para carros com até dez assentos.
Ali é possível ver diversos animais selvagens em seu ambiente natural, vivendo livres dos perigos trazidos pelos caçadores. Os leões, claro, estão lá. Mas também há elefantes, girafas, rinocerontes, zebras, hienas e dezenas de outras espécies. Hospedar-se na região não será difícil para o casal real. A suíte de lua de mel do Onkoshi Camp, que fica dentro do Etosha, custa N$ 2060 (cerca de R$ 607) por pessoa. Próximo ao Galton Gate há propostas mais convidativas. O Olifantsrus Camp cobra apenas N$ 310 (cerca de R$ 92) por pessoa.
Elefantes, antílopes, girafas e emas podem ser vistos no Etosha National Park. Foto: Pixabay
Elefantes, antílopes, girafas e emas podem ser vistos no Etosha National Park. Foto: Pixabay
Outra das muitas paisagens imperdíveis na Namíbia é o Fish River Canyon, o segundo maior do mundo. Ele perde apenas para o Grand Canyon, nos Estados Unidos. Os enormes despenhadeiros – ou montes, dependendo do ponto de vista – de pedra formam um cenário único. Enquanto o Etosha fica na região norte do país, o cânion está bem mais ao sul, quase na fronteira com a África do Sul, bem mais perto do deserto do Kalahari.
Se realmente optar por passar sua lua de mel na Namíbia, esse é outro destino que o casal real poderá visitar. Nesse caso, Harry e Meghan terão à disposição a vista dos muitos mirantes espalhados pelo cânion. Os pontos de hospedagem são distantes um do outro, mas há lodges (espécies de hotéis) com vista panorâmica para o cânion. É o caso do Fish River Lodge. A diária em quarto para casal custa a partir de N$ 3630 (cerca de R$ 1070). Quem não está em lua de mel paga N$ 2370 (cerca de R$ 670).
Há, claro, hospedagens com preços bem mais modestos. Se você não tem a sorte de pertencer à realeza, pode reservar um camping. No Hobas Lodge, por exemplo, essa modalidade sai por N$ 190 (cerca de R$ 56) por pessoa, por noite.
Fish River Canyon, na Namíbia. Foto: Pixabay
Fish River Canyon, na Namíbia. Foto: Pixabay

Outros destinos na Namíbia

Além dos pontos turísticos já citados, a Namíbia tem uma grande variedade de locais que vale a visita. Um deles é Kolmanskop, uma cidade fantasma perto de Lüderitz, na costa sul do país. A localidade que parece ter parado no tempo foi tomada pela areia das dunas depois de ter sido referência na extração de diamantes por décadas.
Cidade fantasma perto de Lüderitz, Namíbia. Foto: Pixabay
Cidade fantasma perto de Lüderitz, Namíbia. Foto: Pixabay
A Skeleton Coast, por sua vez, é um deleite para aqueles que apreciam observar a fauna marinha. Ali, centenas de lobos marinhos descansam entre as pedras. Quem quer ter contato direto com a cultura nativa da Namíbia vai se encantar com uma visita à Otjikandera Himba Village. Lá cerca de 50 pessoas do povo himba, conhecido por usar argila no cabelo e na pele.
Mulher do povo himba, na Namíbia. Foto: Pixabay
Mulher do povo himba, na Namíbia. Foto: Pixabay

Dicas de viagem

Brasileiros não precisam de visto para passar até 90 dias na Namíbia. A moeda corrente é o Dólar da Namíbia. A alta temporada no país vai de julho a outubro e é obrigatório portar certificado internacional de vacinação contra a febre amarela. Em pesquisa nesta segunda-feira (21), o Viver Bem encontrou passagens de Curitiba para Windhoek, capital namibiana, no começo de junho, por R$ 6348, ida e volta pela South African Airways.

Um amor que começou em Botsuana

Outro país africano rico em cultura e paisagens incríveis, Botsuana também vem sendo apontada como possível destino de Harry e Meghan durante sua lua de mel. A ligação de ambos com o país é inegável. Em 2016, logo no início do namoro, eles viajaram juntos por Botsuana, já que o príncipe estava desenvolvendo trabalhos humanitários por lá. Em 2017, mais uma vez, o casal passou três semanas em no hotel Meno a Kwena. Ele tem sede em várias localidades de Botsuana, e os valores da hospedagem nesta época do ano – até 14 de junho – vão de US$ 485 (cerca de R$ 1818) a US$ 1450 (cerca de R$ 5440), dependendo do local escolhido.
Lodge no Okavango Delta, em Botswana. Foto: Pixabay
Lodge no Okavango Delta, em Botswana. Foto: Pixabay

Parques naturais

Boa parte do território botsuanês – quase 40% – é dedicada a parques e reservas naturais. Essas reservas, no entanto, não são todas nacionais. Algumas estão nas mãos da iniciativa privada, com regras federais específicas para que os concessionários possam operar ali. Por isso, Botsuana é conhecida como um dos melhores destinos para safáris. Não há cercas ou divisões entre uma reserva e a outra, de modo que os animais ficam realmente livres para ir e vir.
Chobe National Park, em Botswana. Foto: Reprodução/Botswana Tourism
Chobe National Park, em Botswana. Foto: Reprodução/Botswana Tourism
Uma das regiões mais badaladas é Okavango Delta. Às margens do rio Okavango, centenas de espécies de animais fazem a alegria dos turistas. Ali é possível acompanhar o movimento desses bichos de dentro de pequenas canoas chamadas de “mokoro”. Outro parque importante é o Chobe National Park, com sua enorme população de elefantes. A maneira mais prática de conhecer esses e outros parques botsuaneses é contratando pacotes. Infelizmente a maior parte das empresas que oferecem tanto os tours quanto as acomodações só divulgam seus preços sob consulta. Mais informações no site da Botswana Tourism.
Turistas navegam em uma mokoro, em Okavango Delta. Foto: Reprodução/Botswana Tourism
Turistas navegam em uma mokoro, em Okavango Delta. Foto: Reprodução/Botswana Tourism

Cultura tribal

Para mergulhar na cultura tribal de Botswana, uma dica é o chamado “Basarwa Walk”. De acordo com o site oficial de turismo do país, o passeio “foca na flora local, cultura Basarwa e como o grupo étnico utiliza os materiais naturais. Esses passeios atraem a atenção para a paisagem em vez da vida selvagem, o que encaixa com aqueles que têm interesse em tours mais gerais em Botswana”.
Os Basarwa, ou Povo San, são um grupo étnico que ocupa áreas de Botswana, Namíbia, Zâmbia, Zimbábue, Angola e África do Sul. O Basarwa Walk pode ser feito perto da fronteira com a Namíbia, no leste do país.

Dicas de viagem

Brasileiros não precisam de visto para passar até 90 dias em Botswana. A moeda corrente é o Pula. A alta temporada no país vai de abril a novembro e é obrigatório portar certificado internacional de vacinação contra a febre amarela. Em pesquisa nesta segunda-feira (21), o Viver Bem encontrou passagens de Curitiba para Windhoek, capital namibiana, no começo de junho, por R$ 6016, ida e volta pela South African Airways.

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