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Missões Jesuíticas no Paraguai, na região de Encarnación. Senatur/divulgação.
Missões Jesuíticas no Paraguai, na região de Encarnación. Senatur/divulgação.| Foto:

A herança cultural da colonização espanhola e o ecoturismo são os novos atrativos do Paraguai para atrair turistas internacionais. O país sempre foi mais conhecido pelo destino de compras, mas agora quer mudar o perfil.

Desde que o Plano de Desenvolvimento Turístico do país foi criado, há dez anos,  o Paraguai busca maneiras de atingir esse objetivo, com ações recorrentes. Uma das propostas encontradas foi apostar no ecoturismo e divulgar as reservas biológicas do país.

O que visitar:

Reserva Tatí Yupí

O lado paraguaio da Usina Hidrelétrica de Itaipu, no leste, abriga diversos refúgios de vida selvagem. Um deles, a Reserva Tatí Yupí, tem mais de dois mil hectares de mata nativa habitados por espécies raras como a onça-pintada, o gato-maracajá e o urubu-rei.

A reserva oferece passeios à cavalo, trilhas e um mirante na beira do lago de Itaipu. As crianças podem se divertir em um pequeno trator para conhecer o espaço, além de passeios de bicicleta no meio do bosque.

Tatí Yupí fica no município de Hernandarias, com acesso através da Supercarretera Norte partindo de Ciudad Del Este. A entrada é gratuita, e o local recebe turistas de terça a domingo, das 8h às 16h.

Chaco e Pantanal

Os rios do país também são usados para passeios turísticos. Foto: Senatur/divulgação.
Os rios do país também são usados para passeios turísticos. Foto: Senatur/divulgação.

Outra grande parte do país é coberta pelo Chaco, uma área com um ecossistema único que vai do deserto na época de seca a um grande pântano na estação das chuvas. É a principal atração para turistas em busca de novas experiências, com uma rica diversidade biológica de mais de 200 espécies de mamíferos, aves e répteis.

Entre os principais parques nacionais espalhados pelo Chaco estão o Médanos del Chaco e Tenente Agripino Enciso, com passeios guiados por guardas florestais e saídas de jipes de rali. A cidade mais próxima para se hospedar é Filadélfia, capital do departamento de Boquerón.

Próximo ao Rio Paraná está a fundação do Museu Moises Bertoni, com registros das descobertas biológicas na região. Foto: Senatur/divulgação.
Próximo ao Rio Paraná está a fundação do Museu Moises Bertoni, com registros das descobertas biológicas na região. Foto: Senatur/divulgação.

No Paraguai também está uma parte do Pantanal, na fronteira com o Brasil e a Bolívia. A estação biológica Três Gigantes compreende uma área de mais de três mil hectares de bosques e campos naturais mantidos pela ONG Guyra Paraguay.

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Segundo a diretora da ONG, Andrea Ferreira, o objetivo é “mostrar a natureza como ela realmente é”. O local, inaugurado há uma década, tem pequenos alojamentos para no máximo 30 turistas. Eles são orientados por guardas florestais e biólogos que estudam a mata nativa.

A ministra da Senatur conta que, desde 2013, é possível chegar de avião na região do Gran Pantanal. “O governo reativou as linhas regulares desde Assunção à Bahía Negra, para incentivar as companhias aéreas a venderem passagens para lá”, explica Marcela Bacigalupo. A região também abriga formações como as cavernas de Vallemí, o morro Tres Hermanos e o Parque Nacional Rio Negro.

Província

A capital abriga um conjunto histórico da época da fundação do primeiro povoado do país. Foto: Senatur/divulgação.
A capital abriga um conjunto histórico da época da fundação do primeiro povoado do país. Foto: Senatur/divulgação.

Além do turismo ecológico, o Paraguai também quer mostrar ao mundo a forte influência dos colonizadores espanhóis que chegaram por lá em 1524. A ‘Provincia Gigante de las Indias” foi fundada por Alejo García junto das ações de evangelização da Igreja Católica, que deram origem às missões jesuíticas hoje tombadas pela Unesco como patrimônio da humanidade.

A área conhecida como Mundo Guaraní, a cerca de 250 quilômetros da fronteira com o Brasil, compreende todos os povos que compõem a missão empreendida pelos jesuítas no Caminho Franciscano, construído por volta do século 16. Nela está a ‘Ruta Jesuítica’, um conjunto de cinco povoados que preservam a colonização espanhola e as ruínas das antigas construções no sul do país.

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Próximo à Ruta está a capital paraguaia, Assunção, com seus cerca de 600 mil habitantes. A cidade mistura toques da fundação do primeiro povoado no Rio da Prata com a modernidade cosmopolita de grandes metrópoles.

A sede da Conmebol abriga o Museu do Futebol, com mais de 1.800 itens. Foto: divulgação.
A sede da Conmebol abriga o Museu do Futebol, com mais de 1.800 itens. Foto: divulgação.

Assunção é cercada por ‘sete colinas’ que definem as características de cada bairro da cidade. As largas avenidas arborizadas e floridas durante todo o ano são margeadas por hotéis, shoppings centers, cinemas e teatros. É lá também que está a sede da Conmebol, a Confederação Sul-americana de Futebol, desde 1992.

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A sede é um grande centro de convenções com hotel e o Museu do Futebol Sul-Americano, com mais de 1.800 peças expostas. O acervo, tido como um dos principais atrativos turísticos da capital, conta a trajetória do esporte no continente e as epopeias do futebol mundial.

Serviço:
Assunção (capital)
Atualmente há apenas um voo direto entre Curitiba e Assunção, operado pela companhia paraguaia Amaszonas. As partidas ocorrem domingos, segundas, quartas e sextas, com uma hora e meia de viagem.

Chaco e Gran Pantanal
A cidade de Bahía Negra é o ponto de partida para explorar a região. Há voos diretos a partir de Assunção, com companhias locais.

Ruta Jesuítica
Há voos diretos para Encarnación a partir da capital, com companhias locais.
Passeios realizados diariamente, das 7h às 18h.

Museu do Futebol Sul-Americano
Avenida Sudamericana, 595, Luque
Abre de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Entrada gratuita.

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