Turismo

Neve, tombos e esqui no oeste americano

Roberto Couto*
25/01/2015 05:00
Até o fim de março, enquanto muitos brasileiros ainda aproveitam os dias quentes para curtir a praia, outros fogem para o frio das montanhas dos Estados Unidos, onde ficam ótimas estações de esqui. Aspen e Vail, no Colorado, continuam a ser os destinos mais badalados, mas na divisa entre os estados da Califórnia e de Nevada, na margem sul do belíssimo Lago Tahoe, está Heavenly, uma ótima pedida para quem quer unir esportes de inverno, serviços de primeiro mundo e muito sossego. E foi por lá, durante quatro dias, que eu fiz minha estreia no mundo do esqui. E, acreditem, eu caí (literalmente!) de amores por esta estação localizada na região denominada South Lake Tahoe.
Heavenly foi uma deliciosa surpresa desde que eu embarquei numa das gôndolas (teleféricos) que leva do centrinho da vila, a 1.090 metros de altitude, ao meio da montanha, onde se espalham as pistas de esqui até o topo – a 3.068 metros de altitude.
À medida em que a cabine ganha altura, o lago Tahoe fica mais distante e parece crescer com suas águas de um azul profundo. Os pinheiros passam do verde ao branco, inclusive, porque minha viagem ocorreu no fim de novembro, quando ainda não fazia muito frio e a neve não tinha dado as caras com toda intensidade.
Mas mesmo com poucos flocos brancos, a paisagem estava linda e o turista que quiser apreciar o visual com mais calma poderá fazer um pit stop num mirante, a 2.781 metros de altitude, estrategicamente posicionado no meio da subida. Dali, garante-se belíssimas fotos de ângulos privilegiados.
Espalhadas pela montanha, Heavenly tem 97 pistas, para iniciantes e experts. Esses últimos, inclusive, são os mais sortudos, pois ainda é preciso subir num dos inúmeros teleféricos de cadeira para atingir o topo e, de lá, descer esquiando para admirar a paisagem impactante da neve na montanha e do lago Tahoe.
Lá no alto, ainda há um bar-restaurante que serve refeições ligeiras e que acaba sendo um ponto de confraternização entre instrutores e esquiadores do mundo todo. Inclusive muitos brasileiros que aderiram ao American Airlines SkiClub, um programa criado pela companhia aérea, em parceria com 16 resorts de esqui dos Estados Unidos, para quem pretende praticar esportes de inverno por uma semana, pagando em um único pacote passagem aérea, aluguel de carro, seguro viagem, hospedagem e acesso aos teleféricos (saiba mais neste texto).
Depois de um dia inteiro deslizando montanha abaixo, o local ainda oferece boas atrações na simpática vila. Como está exatamente na divisa de dois estados, separados por uma rua, a estação tem um caráter mais plural. Há cassinos imensos (do lado de Nevada), bons restaurantes, “lodges” (acomodações) de perfis variados e passeios para quem quiser conhecer as belezas do imenso lago que dá o nome à região.
A seguir, você confere o dia a dia de minha iniciação (com muitos tombos!) no universo dos esportes de neve. E pode ter certeza, eu pretendo repetir!
Primeiro dia
Com o fuso horário trocado (eram seis horas a menos), eu acordei às 7 horas, ainda muito cansado. E não era para menos: a viagem até Heavenly começou quase 24 horas antes, quando saí de Curitiba, às 22h40 de uma sexta-feira, no voo direto de 7 horas da American Airlines para Miami, e ainda precisei cruzar os Estados Unidos de leste a oeste, durante outras 12 horas, com direito a conexão (e espera) em Dallas, até o desembarque em Reno (Nevada).
De lá, foram mais 1h30 em um ônibus rumo à estação de esqui que faz divisa com a Califórnia. Resultado: no sábado, às 22h30, quando desembarquei no Lake Tahoe Resort Hotel, eu só queria fazer meu check-in, comer algo e capotar na cama para começar minha aventura sobre esquis. Afinal, ainda no Brasil, eu tive de decidir se queria aprender a esquiar ou praticar snowboard. Optei, sem pestanejar, pelo primeiro esporte.
Depois do café da manhã, estava ansioso para subir a gigantesca montanha. Mas antes de embarcar no teleférico, localizado numa pequena estação a duas quadras do hotel, tive minha iniciação no ritual de colocar todos os equipamentos de esqui.
Na Heavenly Sports, onde é possível alugar toda a parafernália, escolhi a melhor bota (que precisa ficar bem apertada nos pés), o capacete e os poles (pronuncia-se “pauls”), os dois bastões que seriam meus companheiros durante os três dias de aula. Como gran finale, antes de andar desajeitadamente até as gôndolas, eu aprendi como encaixar as pranchas (ou tábuas) nas botas. Nos dois dias seguintes, eu teria de repetir o mesmo ritual e me sentir um verdadeiro “pato” andando na neve.
A subida à montanha leva cerca de 15 minutos e realmente tem a missão de preparar os turistas para a beleza e a adrenalina que os esperam lá em cima. A gôndola vai vencendo calmamente o pico, que começa com o verde dos pinheiros e vai ficando branquinho, à medida que a neve dá as caras – na época em que visitei a estação, ainda não tinha caído uma grande nevasca. E quando o teleférico atinge os 2.785 metros de altitude, chega a hora de desembarcar na área principal de esqui que dá acesso às pistas, localizadas bem acima.
Foi ali que eu comecei minhas aulas de esqui, ministradas por instrutores da Heavenly Ski and Ride School, no setor para iniciantes, dividindo espaço com muitas crianças e adultos, a maioria estrangeiros. Desengonçado, me senti tudo, menos um esquiador, deslizando numa pista pequena e pouco íngreme, mas que me permitiu aprender a frear, parar na posição correta e controlar a velocidade.
Não sem muitos tombos, tanto que logo as pernas começaram a doer pela falta de jeito com as botas rígidas, apertadas e pesadas. Mas, definitivamente, eu estava começando a me encantar pelo esporte.
As aulas duraram o dia inteiro, com direito a uma parada para almoço e descanso no Tamarack Lodge, bar-restaurante no alto da montanha usado para alimentar e esquentar os esquiadores entre uma descida e outra. Tirar as botas foi um momento de glória e muito alívio.
Um farto hambúrguer (US$ 12,50) acompanhado de salada (US$ 10) matou a fome, fornecendo as calorias necessárias para enfrentar o restante da tarde de aprendizado sobre os esquis. No fim do dia (começa a escurecer às 16 horas), era hora de pegar o teleférico e descer para a vila, descansar um pouco e me preparar para o jantar.
Antes de matar a fome, fui explorar o centrinho, que reúne hotéis, lojas, restaurantes e bares, além de uma pista de patinação no gelo. O mais curioso de Heavenly, no entanto, é que caminhando pela mítica Lincoln Highway, rodovia que cruza os Estados Unidos de costa a costa, ligando Nova York a San Francisco, basta atravessar a Stateline Avenue para trocarmos de estado: do lado de Nevada há grandes hotéis-cassino, que são uma opção não só para os que gostam de jogar, mas também para quem gosta de comer; do lado californiano, mais charmoso na minha opinião, há prédios baixos, construções de madeira, gastronomia atraente e um comércio mais diversificado.
Depois era hora de conhecer o menu do excelente Azul Latin Kitchen, um restaurante especializado em culinária caribenha e sul-americana. De entrada, dois pratos deliciosos, um ceviche de camarão (US$ 11) e uma lula empanada com molho tártaro e pesto (US$ 12). Na sequência, como prato principal, um lombo cozido com salteados peruanos de batatas e cebolas assadas e molho de queijo fresco (US$ 16). Tudo de comer rezando.
Com o sono batendo, não pensei duas vezes em pedir a conta e caminhar duas quadras rumo à enorme cama que me aguardava no confortável apartamento do Lake Tahoe Resort Hotel.
Dormi feliz. Ou melhor, desmaiei feliz (pasmem, às 20h30!), ainda mais cansado, mas com a gostosa sensação de que teria outros dias de muita diversão em meio à neve.
Segundo dia
Cinco da matina. Não deu outra. O fuso, mais uma vez, falou mais alto e eu acabei acordando bem antes do horário marcado para pegar o teleférico, às 9 horas.
Depois de um café da manhã reforçado (que incluiu ovos, frios, pães, café com leite, frutas e iogurte) no imenso átrio do hotel – afinal eu sabia que seria um dia de muita adrenalina e gasto extra de energia –, lá fui eu ao Heavenly Sports buscar os poles e as pranchas, pois os demais equipamentos (leia-se botas e capacete) tinham ficado comigo e só seriam devolvidos no dia seguinte, o último na montanha.
Após pegar a gôndola e descer na área que dá acesso às pistas, era hora de ter meu segundo dia de aula. Mas, antes de iniciá-lo, o instrutor fez questão de explicar – como no primeiro dia – tudo sobre os equipamentos utilizados, incluindo a importância das luvas e dos óculos (que protegem contra o frio e a luz), e que muitas vezes são considerados desnecessários pelos iniciantes. Na sequência, fomos direto ao assunto: o esqui.
De supetão, o instrutor anunciou que iríamos avançar uma elevação, para ver como eu estava. Inicialmente, foi assustador, pois não conseguia frear e a pista ia ficando mais íngreme, à medida que eu ia subindo com a ajuda de um pequeno lift. Até que ocorreu o inevitável: tomei um baita tombo. Tive então um intensivo para aprender a controlar o esqui. E lá se foi mais de uma hora, subindo e descendo a elevação.
Na hora do almoço, voltei ao Tamarack Lodge, onde me engalfinhei numa pizza brotinho (US$ 14,50), acompanhada de salada (US$ 10). Na volta à pista, outras duas horas de aula, e aí eu comecei a me divertir, pois cheguei a descer algumas vezes sem cair. Mas reconheço que tomei alguns tombos que devem ter sido divertidos de se ver. E eu recomendo: todos os iniciantes precisam recorrer aos instrutores de plantão nas estações. Em qualquer uma delas, é possível ter aulas em vários horários durante o dia, o que faz toda a diferença para quem está debutando no esporte.
Com o relógio marcando próximo das 16 horas, era hora de pegar a gôndola e me preparar para o jantar daquele dia, que seria no recomendado Jimmy’s, do sofisticado The Landing Resort and Spa. Antes da refeição da noite, de banho tomado e lutando para não desabar na cama, eu decidi ir conhecer outro forte apelo de Heavenly: os cassinos.
Hospedado ao lado de dois “gigantes”, o Lake Tahoe Resort Hotel está do lado californiano (que não tem jogatina), estrategicamente posicionado na esquina da Lincoln Highway e Stateline Avenue. Bastou atravessar a avenida para pisar em Nevada e entrar nas áreas de apostas dos dois maiores hotéis da vila, o Harrah’s e o Harveys, que ficam de frente um para o outro e fazem parte, ambos, do grupo Caesars.
Percorrendo os intermináveis corredores, fiquei imaginando as centenas de apostadores que se acotovelam nos fins de semana (era uma segunda e estava meio vazio) em busca do sonho de ganhar fortunas nas mesas de apostas e nas máquinas de caça-níqueis.
Mas meu relógio estava próximo de marcar 18h30, e era hora de seguir ao restaurante Jimmy’s, do hotel The Landing, com seu concorrido cardápio grego e californiano assinado pela chef inglesa Maria Elia.
Eu experimentei um delicioso menu degustação de cinco pequenos pratos (US$ 49), com destaque para o polvo grelhado acompanhado de brócolis e azeite kalamato (grego); para o queijo feta coberto com passas, orégano e mel; e para a polenta mole acompanhada de camarão chileno e micro manjericão. Tudo impecável e servido num ambiente elegante, com vista para o lago Tahoe.
De volta ao aconchego da minha cama no hotel, dormi feliz e ansioso por subir no dia seguinte, pela última vez, à montanha.
Terceiro Dia
Desta vez, acordei com o despertador: 7h30 da manhã. Depois de um banho quente para tentar minimizar um pouco a dor nas canelas por conta da posição que somos obrigados a ficar com as botas durante a prática do esqui (o calçado especial nos dá apoio e limita o movimento dos pés, tornando mais seguras as manobras), era hora de mais uma vez tomar um café da manhã reforçado e me preparar para embarcar novamente no teleférico – sem esquecer, é claro, de passar antes na Heavenly Sports para pegar os poles e as pranchas.
No meio do trajeto com a gôndola, resolvi conhecer o mirante estrategicamente posicionado entre a vila e o meio da montanha em que eu estava tendo minhas aulas. O local, tenho de reconhecer, tinha sido preterido nos dois primeiros dias devido à pressa em chegar à área de esqui.
E a pausa realmente valeu a pena. A vista panorâmica é de tirar o fôlego e inspira muitas fotos. De lá, se tem uma vista exuberante das águas límpidas do lago Tahoe, rodeado de montanhas com neve, maciços de pedra e florestas de pinheiros. Só quem não deu as caras no meu campo de visão foi o morador símbolo da região.
Afinal, os ursos – que no verão chegam a invadir as casas de moradores de Heavenly e arredores – estão em pleno período de hibernação e, portanto, sumidos das matas.
Ao chegar na área de aulas de esqui, meu novo instrutor perguntou o que eu tinha aprendido nos dias anteriores e anunciou: era hora de começar a praticar curvas. A partir de uma descida um pouco mais íngreme, comecei a fazer manobras à direita e, depois, à esquerda. Foram muitas repetições e eu até comecei a sentir uma certa segurança. Mas um leve descuido acabou resultando numa queda fenomenal. Tudo foi muito rápido, e quando eu vi estava caído, poles para um lado, esquis para o outro e as mãos enfiadas na neve (ao menos, devidamente protegidas por luvas).
Um pouco frustrado, eu me despedi do instrutor (a aula foi apenas de meio dia) e fui almoçar pela última vez no Tamarack Lodge, onde repeti o menu cheeseburger (US$ 16) + salada (US$ 10). A pausa, que também serviu para me reidratar (bebi água o tempo todo), veio em boa hora, pois eu pude refletir que estava ali para aprender. Que não seria nesta viagem que me tornaria um exímio esquiador.
Com ânimo renovado, segui para minhas horas finais de prática de esqui na pequena elevação. Aplicado e decidido a não errar, acertei a postura e voltei a repetir as manobras de curvas. Foram muitas subidas e descidas. Desta vez sem quedas.
Depois disso, eu mesmo mudei a minha categoria: fui de iniciante para “esforçado”. No momento de deixar o alto da montanha para me preparar para a programação da noite, uma última olhada para todo aquele cenário mais acima, com dezenas de pistas cortando o imenso pico esbranquiçado pelo gelo e repleto de fileiras de árvores. Um dia eu chegarei lá e descerei esquiando…
De volta à vilinha e depois de devolver, em definitivo, todo o equipamento de esqui, uma passada rápida no hotel para um banho, pois eu queria ver as obras da última novidade de Heavenly: o hotel-cassino Hard Rock. O novo mega hotel, colado no Harrah’s e no Harveys, abre as portas no próximo dia 28 e irá oferecer 539 quartos e 500 máquinas caça-níqueis.
Em seguida, fui conferir o cardápio do Friday’s Station Steak and Seafood Grill, restaurante localizado no 18º andar do Harrah’s Cassino Resort Lake Tahoe e com uma entrada imponente, por conta da parede decorada com mil garrafas de vinho.
Provei um dos carros-chefes da casa, um steak coberto com salteado de cogumelos exóticos servido com molho de vinho e batatas trufadas (US$ 72). A carne estava perfeita (macia, suculenta e saborosa) e os acompanhamentos saborosos.
Devidamente alimentado e, mais uma vez, caindo de sono, fui descansar para aproveitar desde cedo meu último dia em Heavenly. Que, por sinal, seria diferente dos anteriores.
Quarto dia
O último dia em Heavenly não teve esqui. Foi reservado para o grande “anfitrião” da viagem. Desde que eu cheguei à região, o lago Tahoe foi meu companheiro – e finalmente pude chegar perto das suas águas no fim da manhã.
Mas antes do passeio de barco, o café da manhã e um giro pelo comércio local. Na vila, há uma boa estrutura de comércio, com supermercados, cinema, cadeias de fast food e muitas lojas.
As roupas de inverno, é claro, são o principal apelo nas vitrines e é possível encontrar marcas como The North Face, Marmott, Patagonia e até a linha de neve da australiana Quiksilver. Os preços são mais altos se comparados aos dos grandes outlets de Miami e Nova York, mas mesmo assim entre 40% e 50% mais baratos do que os valores praticados no Brasil.
Também há lojas de roupas, calçados e bijuterias com apelo folk (um mix de western e indígena) e muitos suvenires (postais, porta-copos, camisetas e casacos) com a estampa dos desaparecidos ursos.
Após perambular pelas lojinhas, era a vez do shuttle que me levaria ao píer de onde saem os cruzeiros pelo lago Tahoe, em Zephyr Cove (US$ 51 por pessoa). O passeio ocorreu a bordo do M.S. Dixie II, uma réplica de um barco a vapor do Mississippi com paddle wheel (movido por uma roda de pás) que percorre, durante duas horas, paisagens cênicas.
O lago Tahoe é o segundo mais fundo dos Estados Unidos – e o décimo do mundo (a profundidade média é de 305 metros). É também o maior lago alpino do país (ocupa uma superfície de 495 km²). Cercado de montanhas, a principal característica de sua água é a transparência. Ao longo do dia, as diferentes incidências de luz mudam a cor do lago, que varia de um azul-cobalto profundo a tons violáceos.
Durante todo o passeio, o cenário é hipnotizante e bucólico (além de congelante no inverno, por conta do vento). A única parada também é o ponto alto. A Emerald Bay, além de ser a única baía, também tem a única ilha do lago Tahoe, denominada Fannette. No local, a transparência e o azul-cobalto da água ficam ainda mais em evidência, e quando o M.S. Dixie II começa a percorrer a baía, chama a atenção uma construção, hoje fechada, que lembra um castelo.
Denominada Vikingsholm, era uma mansão em estilo escandinavo construída em 1929 para ser a residência de veraneio de uma herdeira, Lora Josephine Knight, que inclusive mandou erguer na ilha de Fannette uma casa de chá, hoje em ruínas. Todo o local faz parte do Emerald Bay State Park.
O barco, em seguida, inicia seu retorno ao píer de Zephyr Cove e, enquanto o olhar segue as montanhas repletas de neve e verde, a mente se perde ao imaginar as aventuras e o destino de outro famoso personagem de Emerald Bay. O Capitão Dick Barter, apelidado o “Eremita de Emerald Bay”, era um apaixonado pela ilha de Fannette e lá construiu o túmulo dele. Mas não chegou a ser enterrado no local, porque seu barco afundou numa tempestade no século 19 e ele jamais tornou a ser visto.
De volta à terra firme, pausa para almoçar num dos fast foods da vila e, na sequência, um rápido retorno ao hotel para começar a arrumar as malas. Mas o dia ainda não tinha terminado. No The Landing Resort and Spa, o único hotel cinco estrelas da região, me aguardava uma relaxante massagem.
O menu de tratamentos, oferecidos num ambiente aconchegante, em salas individuais e com profissionais atenciosos, inclui massagens sueca terapêutica, de pedras quentes, profunda, de recuperação esportiva e até pré-natal. Também há opções de tratamentos para o corpo e faciais (com óleo de oliva, argila e até esfoliação com açúcar). Os preços variam de US$ 120 a US$ 220, com opção de 50 e 80 minutos. Eu optei por 1h20 de uma massagem profunda (US$ 185), que realmente me deixou novinho em folha, após dias de grande fadiga muscular dos dias de esporte, além do jet lag.
Para fechar com chave de outro a viagem, fui conferir o menu do Kalani’s Restaurant, que oferece um criativo cardápio com pratos japoneses e, acreditem, havaianos. Do balcão aberto saem deliciosos combinados de sushis e sashimis de polvo, camarão, atum, salmão e outras variedades de peixes, como o que eu experimentei de entrada (entre US$ 25 e US$ 50, dependendo do número de peças).
Na sequência, minha incursão à culinária havaiana se deu com um saboroso prato de vieiras waimea (típicas do Pacífico) acompanhadas de bolo de batata com wasabi, manteiga de soja, óleo de trufas e espinafre (US$ 35). Maravilhoso!
No hotel, última arrumação da mala e hora de dormir, pois o dia seguinte seria puxado, com mais 24 horas de viagem para chegar a Curitiba. Desânimo? Nenhum, pois eu levarei na bagagem boas recordações de minhas peripécias no alto da montanha. Meus zigue-zagues, conseguindo frear, deslizando com alegria. Foi lindo! Delicioso! Vou repetir…
*O jornalista viajou a convite do American Airlines SkiClub.