Turismo

Nova Zelândia conquista pela aventura em meio a paisagens de tirar o fôlego

Agência RBS
01/08/2015 15:06
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Adrenalina e visão privilegiada de Auckland: salto de bungee jumping a partir da Sky Tower, a 328 metros de altura. (Fotos: divulgação)
Ao desembarcar na maior cidade da Nova Zelândia, Auckland, dá até para duvidar da vocação do país insular para a emoção e a adrenalina – características que consolidaram o turismo de aventura como um atrativo nacional. A manchete de um dos maiores jornais, o New Zealand Herald, anunciava: “Resultados dos jogos de futebol infantil não serão mais divulgados”. Que grandes emoções haveria escondidas no país em que decisão de sonegar o resultado das partidas de crianças para evitar a competitividade precoce era a notícia do dia? O cenário idílico formado por cadeias de montanhas salpicadas de neve, ao pé das quais se sucedem fazendas de criação de gado e ovelha, e o temperamento suave e cordial dos neozelandeses também pareciam contradizer a fama de aventureiros.
Mas bastou uma rápida caminhada por Auckland para confirmar que a sede local por adrenalina é tão grande quanto o Oceano Pacífico em volta. Na esquina das vias Albert e Victoria, um conjunto de cadeiras preso a dois guindastes por cordas elásticas é lançado a 60 metros de altura como se o brinquedo (e seus corajosos ocupantes) fosse o projétil de um gigantesco estilingue apontado para o céu. A duas quadras dali, encontra-se a Sky Tower. Com 328 metros de altura (equivalente a um prédio de cem andares), a torre que domina a silhueta urbana abriga café, restaurante e, claro, serve de plataforma para neozelandeses e turistas pularem a 192 metros do chão. Você está ali, observando a paisagem em um dos andares intermediários, e de repente um sujeito passa zunindo pela janela.
Não é à toa que o primeiro bungee jumping comercial do mundo foi lançado em Queenstown, um dos principais destinos aventureiros do país, em 1988. Dê a um neozelandês uma plataforma qualquer – seja uma torre, uma ponte, um avião – e ele vai pular de lá. Ofereça um frio gélido correndo para o interior escuro e profundo de uma caverna, e ele vai inventar um rafting subterrâneo. Dê acesso a um vulcão ativo e ele vai passear pela cratera repleta de gases irrespiráveis.
A boa notícia é que, a partir de 1.º de dezembro, terá início um voo direto partindo de Buenos Aires pela Aerolineas Argentinas. Será mais fácil conhecer o país que recebe poucos brasileiros – apenas 12 mil visitaram a Nova Zelândia ao longo de 2014. Hoje, é necessário subir a São Paulo e depois descer a Santiago, no Chile, para então rumar ao arquipélago. Mas não se deixe enganar pelas manchetes de jornal ou pela paisagem bucólica: a Nova Zelândia, como você poderá conferir nesta reportagem, é um país de emoções fortes
O cenário único da região de Queenstown, que foi set de filmagem da saga Senhor dos Anéis. Fotos: divulgação
O cenário único da região de Queenstown, que foi set de filmagem da saga Senhor dos Anéis. Fotos: divulgação
PROGRAMAS
A seguir alguns passeios inesquecíveis no país localizado na Oceania:
Cruzando o país de bicicleta
Há muitas maneiras de viajar pela Nova Zelândia, mas uma das mais incríveis é de bicicleta. Há duas dezenas desses trajetos, ao longo dos quais empresas especializadas alugam bicicletas e, se o cliente desejar, até providenciam o transporte das bagagens nos casos de percursos de mais de um dia. Planeje a viagem com antecedência, reservando os hotéis ao longo do caminho se for pedalar por mais de um dia. Informações completas no site nzcycletrail.com.
Viagem à cratera de um vulcão ativo
A 50 quilômetros da costa da Nova Zelândia se encontra um dos ambientes mais insólitos e perigosos em que se pode pisar (ao menos neste planeta): a cratera de um vulcão marítimo ativo, o White Island. Pode-se chegar ao local por barco ou helicóptero e caminhar pela cratera – na verdade, a ponta visível do vulcão, quase todo ele submerso – até a borda do lago fumegante. É como dar uma volta de duas horas em um outro mundo, enquanto se torce para o gigante não acordar.
A 100 km/h sobre uma lâmina d’água
A região de Queenstown é uma das atrações preferenciais do país por conta do cenário único: montanhas que se cobrem de neve nos meses mais frios do ano. Não é por acaso que o cineasta Peter Jackson escolheu a região como set para a saga Senhor dos Anéis. Uma das maneiras mais interessantes de admirar a paisagem  é fazer um passeio de lancha pelo Dart River, percorrendo a mais de 100 km/h paisagens inesquecíveis.
Salto no berço do bungee jumping
Liberalmente o berço do bungee jumping, afinal foi nela que se realizou o primeiro salto, a ponte de Kawarau, em Queenstown, é parada obrigatória para quem visita o país e é fã de esportes radicais . No verão, o local atrai em média 200 pessoas por dia para saltar de uma altura de 43 metros.  Mesmo para quem tem fobia de altura,  a visita vale a pena para admirar os saltos ou passear pelo complexo que combina loja, café e deque de observação.
Caverna subterrânea à luz de larvas
Imagine fazer rafting sobre uma boia de borracha em um rio cuja temperatura costuma oscilar entre 10ºC e 14ºC? Esta é a proposta do passeio pelas cavernas de Waitomo, cidade a três horas de carro de Auckland. Com um capacete com lanterna, mergulha-se na escuridão absoluta e gélida do rio subterrâneo, em que o visitante é obrigado a boiar, andar e pular em pequenas cachoeiras para cumprir o trajeto da Black Water Rafting.  O grande atrativo são os chamados “glow worms”, algo como “vermes brilhantes”. São larvas típicas da Nova Zelândia que se prendem ao teto das cavernas e brilham para atrair os insetos.
PACOTES
A operadora Schultz tem pacote de 10 dias voando LAN, a partir de Curitiba, com oito noites de hospedagem, dois almoços, um jantar, um lanche e transfers. Roteiro: Auckland, Waitomo, Rotorua, Christchurch, Lago Tekapo, Wanaka e Queenstown. A partir de US$ 4.587 por pessoa em quarto duplo.
A CVC oferece pacote com oito dias de hospedagem e visitas a Auckland, Rotorua, Lake Tekapo, Wanka e Queenstown. Inclui dois almoços, um jantar, transfers e transportes internos. Não inclui aéreo internacional. A partir de US$ 3.260 por pessoa em apartamento duplo.