Turismo

Com 16 milhões de passageiros por ano, aeroporto brasileiro consegue zerar filas

Carolina Werneck
11/12/2017 17:00
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A ampliação do Terminal 2 foi uma das medidas que ajudaram a tornar o Galeão mais eficiente. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo

Concedido à iniciativa privada em 2014, o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, passou por quase dois anos de obras antes dos Jogos Olímpicos de 2016. Com a estrutura criada para o evento o terminal, que recebe uma média de 16 milhões de passageiros por ano, poderia dobrar esse número sem precisar de outras ampliações, de acordo com Patrick Fehring, diretor de desenvolvimento estratégico e cargas da RIOgaleão, concessionária que adquiriu a concessão.
A RIOgaleão investiu R$ 2 bilhões para modernizar as operações e torná-las mais eficientes. A convite do RIOgaleão, o Viver Bem foi ver o que mudou no aeroporto e destaca alguns pontos.
Filas
Atualmente, tanto no embarque doméstico quanto no internacional, as filas são praticamente inexistentes. Uma das razões para a rapidez e eficiência do embarque é a implantação dos chamados e-gates. Esses aparelhos leem passagens e até passaportes e reduzem o tempo do embarque em até 50%.
As filas, agora, são quase exclusividade dos estrangeiros que passam pelo terminal. Isso porque os e-gates só funcionam para passaportes brasileiros, de modo que quem vem de fora ainda precisa passar pelos postos da Polícia Federal para verificar a documentação.
Controle também nos pátios
Paulo Barcelos é o coordenador de operações do Apron Control, que é o órgão que controla a movimentação das aeronaves nos pátios do Galeão. O modelo é único no país. “A legislação não permite em nenhum aeroporto do Brasil que haja controle no pátio por parte da torre. Em todos os aeroportos os pátios são acéfalos. Este é o único aeroporto do país em que os pátios são efetivamente controlados”, explica. É um sistema adicional de segurança para as operações.
O Apron Control permite que uma equipe monitore a movimentação também no pátio do aeroporto. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
O Apron Control permite que uma equipe monitore a movimentação também no pátio do aeroporto. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
Pontualidade
Segundo a administração do Galeão, o aeroporto passa mais de 99% do tempo aberto. O alto investimento em aparelhos que permitem pousos e decolagens mesmo sob condições meteorológicas adversas permite que ele seja o aeroporto mais pontual do país em sua categoria – entre 10 e 20 milhões de passageiros ao ano. O ranking é feito pela britânica OAG Schedules Analyser.
Como afirma Barcelos, “na maioria dos aeroportos o avião chama e a torre normalmente pede para aguardar. Aqui eu faço seis ou sete push backs simultâneos. Eu posso ter aviões até determinada categoria taxiando simultaneamente no mesmo sentido ou em sentidos diferentes.” O Galeão também é dos poucos aeroportos brasileiros que podem fazer operações de pouso e decolagem de duas aeronaves ao mesmo tempo. Push back é o procedimento de rebocar uma aeronave até as taxiways.
Embarque e desembarque direto nos fingers
Muitos aeroportos, principalmente os mais movimentados, realizam o embarque e o desembarque de duas formas: nos fingers – ou pontes de embarque – e por meio do chamado “embarque/desembarque remoto”. No segundo caso, os passageiros dependem de um ônibus ou van para ir do terminal até a aeronave e vice-versa.
No Galeão o embarque e o desembarque remotos praticamente não acontecem, porque o número de fingers disponíveis é grande. São 58 posições que podem ser usadas simultaneamente.
Aeronaves são vistas no pátio do Terminal 2. Ao todo, o Galeão tem 58 fingers que podem operar simultaneamente. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
Aeronaves são vistas no pátio do Terminal 2. Ao todo, o Galeão tem 58 fingers que podem operar simultaneamente. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
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