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Esportes e a inclusão social
| Foto: JIM DE RAMOS

A Organização das Nações Unidas (ONU) sempre considerou o esporte uma importante estratégia para lidar com questões de desenvolvimento e promoção humana. A ONU busca desenvolver projetos com todos os setores da sociedade, como o governo federal, os estados, os municípios, o setor privado, a academia, e as organizações da sociedade civil, buscando incentivar políticas que promovam, entre outros fatores, o direito ao esporte e à cidadania por meio de seus eixos.

Os esportes possuem relação direta aos objetivos de desenvolvimento sustentável, principalmente em se tratando do eixo das pessoas:  uma das oportunidades de ascensão social se dá por meio da prática do esporte, as modalidades esportivas contribuem para que jovens atletas superem barreiras sociais e econômicas. Quem pratica esporte procura ter uma alimentação saudável que consequentemente garante uma vida mais saudável. Jovens que praticam esportes quase sempre estão longe dos vícios com fumo, álcool e drogas, pois dieta equilibrada e segura, ambientes limpos e higiene pessoal são fatores críticos de sucesso para qualquer atleta.

O ambiente esportivo é reconhecido como um espaço no qual se desenvolvem valores de disciplina e senso de equipe que refletem positivamente para a sala de aula e na comunidade que vivem estes jovens. A prática dos esportes portanto, aumenta a capacidade de aprendizagem, desenvolve outras aptidões e oferece mais oportunidades para uma vida saudável.

O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) acredita na importância do esporte para a ampliação de atitudes e comportamentos em prol da igualdade de gênero e da promoção da inclusão. A construção de um ambiente de respeito e promoção dos direitos humanos é fundamental em todos os espaços de socialização, seja no trabalho, em casa, na escola ou em atividades esportivas e da superação de todas as formas de discriminação. O esporte é uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento e o empoderamento de meninas, adolescentes e jovens mulheres.

No Brasil, o direito ao esporte, ao lazer, à prática desportiva e ao acesso a equipamentos comunitários nas cidades, socializadores e inclusivos, considerando os mais diversos aspectos educacionais, sociais e culturais, é lei. De acordo com o Estatuto da Juventude, esses direitos se encontram no bojo dos direitos fundamentais da população jovem. O esporte e o conceito de jogo seguro e justo torna a prática inclusiva e cria um ambiente de respeito, criando uma poderosa ação mobilizadora de todos pela infância e adolescência com estratégias de inclusão e redução das desigualdades.

Nas palavras de Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO (2017), "O esporte é um motor para a reconciliação e a mobilização. É um dos pilares para a cultura de paz".  Aliar a prática esportiva à criação de espaços seguros é fundamental para todos possam se conhecer e se desenvolver livres de preconceitos de gênero. Nesse sentido, o esporte potencializa o desenvolvimento de habilidades para a vida, como autoestima e liderança, além de conhecimento sobre o próprio corpo e sobre seus direitos. Investir na liderança de crianças e jovens por meio dos esportes é uma metodologia efetiva para eliminar a desigualdade de gênero e modificar percepções, atitudes e comportamentos que causam ou justificam a violência em todas as suas formas.

Coletivamente, os ganhos impactam positivamente a sociedade como um todo. O esporte pertence a todos e tem uma linguagem internacional comum. Ele é, ainda, um poderoso fator agregador em processos de transformação em conflitos e, na construção, promoção de paz e reconciliação em comunidades por meio de jogos esportivos.

Independentemente dos resultados dos jogos olímpicos do Brasil; a sociedade que estimula o esporte, é mais desenvolvida. A prática esportiva reforça valores virtuosos, o companheirismo e o espírito de equipe, valores importantes para a cidadania e a construção de uma sociedade pacifica.

*Artigo escrito por Gustavo Brandão, representante do Mentoris, e Rosane Fontoura, coordenadora executiva do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE).
O CPCE é colaborador voluntário do blog Giro Sustentável.

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