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Cada habitante da região desperdiça por ano 223 quilos de alimentos, para totalizar uma perda total anual de 127 milhões de toneladas de alimentos na América Latina e no Caribe. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Cada habitante da região desperdiça por ano 223 quilos de alimentos, para totalizar uma perda total anual de 127 milhões de toneladas de alimentos na América Latina e no Caribe.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A América Latina desperdiça até 348.000 toneladas de alimentos por dia, com as quais pode alimentar 37% das pessoas que passam fome no mundo, alertou a FAO nessa quarta-feira.

Cada habitante da região desperdiça por ano 223 quilos de alimentos, para totalizar uma perda total anual de 127 milhões de toneladas de alimentos na América Latina e no Caribe. No mundo todo, a perda chega a 1,3 bilhão de toneladas ao ano, quase um terço dos alimentos produzidos para o consumo humano.

“Esses alimentos seriam suficientes para satisfazer as necessidades alimentares de 300 milhões de pessoas, 37% de todas as pessoas que passam fome em nível global”, disse a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que tem sua sede regional em Santiago, no seu terceiro boletim “Perdas e Desperdícios de Alimentos na América Latina e no Caribe”.

Segundo a FAO, 36 milhões de pessoas na região podem cobrir suas necessidades calóricas só com os alimentos perdidos nos pontos de venda direta a consumidores- pouco mais do que a população do Peru e mais do que todas as pessoas que passam fome na região.

A maior perda de alimentos na América Latina (55%) corresponde a frutas e hortaliças, seguida de raízes e tubérculos, pescados e mariscos (33%), cereais (25%) e legumes, carnes e produtos derivados do leite, com 20%.

A região deve reduzir à metade seu desperdício nos próximos catorze anos se quiser alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Em 2015, os governos estabeleceram uma rede de especialistas para a criação de uma estratégia regional para a redução dos desperdícios.

Na Costa Rica e na República Dominicana já foram criados comitês nacionais dedicados ao tema, enquanto que em Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai, entre outros, discutem iniciativas similares.

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