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| Foto: Daniel Caron/Gazeta do Povo

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). divulgaram nesta quinta-feira (10) as projeções para a Safra 2018/19. Enquanto a Conab estima crescimento de 4,2%, o IBGE espera crescimento de 3,1%.

Para a Conab, a produção de grãos deve alcançar 237,3 milhões de toneladas: 9,5 milhões de toneladas a mais) dos 227,75 milhões calculados pela entidade no ano passado. A área plantada está prevista em 62,5 milhões de hectares, um aumento de 1,2%, em relação com a safra 2017/18.

Em comunicado, a Conab destaca que “as boas condições das lavouras nas principais regiões produtoras de grãos são prenúncio de que sejam alcançados bons rendimentos nessa temporada e mostram que a produtividade estimada se manteve até agora próxima ao que havia sido calculado estatisticamente no início da safra.”

Projeção Conab Safra 18/19: soja, milho e algodão

A produção soja atualmente enfrenta forte estiagem e, para esse produto, há projeção de crescimento de 1,7% na área de plantio e uma pequena redução de 0,4% na produção, atingindo 118,8 milhões de toneladas ante 119,28 milhões de t em 2017/18.

O milho primeira safra, que teve aumento de 0,4% na área a ser cultivada, deve resultar em uma produção de 27,46 milhões de t (ante 26,81 milhões de t em 2017/18). A segunda safra está projetada em 63,73 milhões de t (aumento de 18,1% ante os 53,98 milhões de t da segunda safra de 2017/18). Com esse resultado, a expectativa é que o cereal tenha um desempenho 12,9% superior ao obtido em 2017/18 (80,77 milhões de t), registrando uma produção total de 91,2 milhões de toneladas, quando somadas as duas safras do grão.

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O algodão também é destaque na produção brasileira, com uma concentração do plantio em janeiro, e um crescimento superior a 25,3% na área. A produção de pluma deve subir 20,3%, de 2 milhões de t em 2017/18 para 2,41 milhões de t na safra atual.

Em contrapartida, o arroz deve ter uma colheita 7,1% menor que a safra passada (12,06 milhões de t), alcançando 11,2 milhões de t.

Estimativa IBGE para grãos: Safra 18/19

A projeção do IBGE é mais conservadora. Para a entidade, a safra agrícola de 2019 deve totalizar 233,4 milhões de toneladas, uma alta de 3,1% em relação à estimativa de 2018, o equivalente a 7,0 milhões de toneladas a mais. Os dados são do terceiro Prognóstico para a Safra Agrícola divulgado.

De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de dezembro, em 2018, a safra totalizou 226,5 milhões de toneladas, resultado 5,9% menor que o de 2017.

O resultado é 0,4% menor que a estimativa de novembro, com 834,9 mil toneladas a menos. Na comparação com 2017, a safra de 2018 foi 14,2 milhões de toneladas inferiores.

Na avaliação do IBGE, os produtores brasileiros devem semear 62,2 milhões de hectares na safra agrícola de 2019, uma elevação de 2,1% em relação à área colhida em 2018.

A área a ser colhida com soja em 2019 será 2,1% maior que a de 2018, enquanto a de milho deve crescer 3,6%. A área a ser colhida com algodão herbáceo será 17,1% superior a do ano passado. Em contrapartida, a área de arroz encolherá em 6,2%, enquanto a de feijão diminuirá 1,8%.

A área colhida em 2018 ficou em 60,9 milhões de hectares, 248,3 mil hectares menor que em 2017, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de dezembro.

Feijão

Segundo a Conab, feijão primeira safra apresenta uma queda de 7,7% na área em relação à safra passada. A produção está estimada em 1,1 milhão de t, queda de 16,4% ante o período anterior( 1,3 milhão de t). A segunda safra de feijão deve totalizar 1,29 milhão de t alta de 6,1% ante a safra anterior (1,22 milhão de t). Já a terceira safra da leguminosa deve atingir 738,1 mil t aumento de 19,3% em comparação com 618,7 mil t na safra 2017/18.

Com o fim da safra das culturas de inverno (aveia, canola, centeio, cevada, trigo e triticale), a Conab identificou resultados melhores do que na safra passada, mesmo com as adversidades climáticas nas principais regiões produtoras. A produção de trigo ficou 27,3% superior à safra anterior, atingindo 5,4 milhões de toneladas.

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