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A previsão de que as lavouras gaúchas vão render 50 sacas de soja (3 mil quilos) e 135 sacas de milho (8 mil quilos) se consolida dia após dia. A colheita do milho avança para além de um terço e a da soja está prestes a começar – o plantio foi adiantado. O quadro traz alívio ao setor, que não vê as lavouras tão verdes e viçosas desde 2004. Isso pode significar uma trégua do clima, após quatro safras de secas, mas espalha também um sentimento de frustração. Agora que o clima garante boa produtividade os preços estão caindo. Para agravar a situação, ainda há trigo nos armazéns e os agricultores sentem-se pressionados a vender a preços baixos, apurou a Ex­­pedição Safra RPC.O agrônomo e produtor Erny Lago afirma que o mercado vive uma época de "inundação de grãos" que põe o Rio Grande do Sul em desvantagem. "Quando o Rio Grande do Sul colhe trigo, milho ou soja, o Paraná e o Mato Grosso já lotaram o mercado e os preços são menores", reclama. Para não perder o ânimo, o jeito é se concentrar no campo e torcer para que as chuvas sejam regulares nas próximas semanas, afirma seu filho, o agricultor Rodrigo Lago, que tenta controlar lagarta e ferrugem em 140 hectares de soja.Os gaúchos têm sugestões para o problema que preocupa também o Paraná e o Centro-Oeste, onde o acúmulo de trigo e milho torna a capacidade de armazenagem insuficiente para a próxima safra. "Precisamos criar uma estrutura que garanta a exportação quando houver excedente de grãos", afirma o presidente do Sindicato Rural de Passo Fundo, João Batista.

O estado prevê aumento de 10% na produção estadual de soja, que deve chegar a 8,76 milhões de toneladas, e de 12% no milho, cada vez mais perto de 4,8 milhões de toneladas. Os gaúchos estão recebendo R$ 14 pela saca de milho (60 quilos) e R$ 36 pela da soja na região central do estado.

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