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Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)

O documento aponta consumo interno maior de soja em grão e avanço nas exportações, incluindo farelo e óleo. O país deve encerrar 2012 com 961,4 mil toneladas armazenadas a granel, menos de um terço volume de 2011 (3 milhões de toneladas). Em 2008, quando o mercado operava com cotações recordes – que foram superadas nos últimos meses -, o volume estocado caiu a 674,4 mil toneladas de soja em grão.

É como se o Brasil estivesse varrendo seus armazéns depois de uma safra volumosa. Apesar das secas que afetaram o Sul no verão e o Nordeste nos últimos meses, a Conab confirma produção recorde de 165,9 milhões de toneladas (72,73 milhões de milho e 66,38 milhões de soja). Esse volume é 1,9% maior que o recorde de 2010/11, quando a produção nacional atingiu 162,8 milhões de toneladas.

Os 3,1 milhões de toneladas extras, porém, foram garantidos pela produção de milho, que cresceu de 26,7%, conforme a Conab. A produção de soja foi 12% menor que na safra passada e, com os preços internacionais mais elevados do que nunca, as vendas seguem aceleradas desde o primeiro semestre, avalia a economista Gilda Bozza, da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). Ela considera natural que os estoques baixem.

Os estoques são essenciais primeiro para garantir o abastecimento e em boa medida para o equilíbrio dos preços, avalia o agrônomo Robson Mafioletti, assessor técnico-econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). Ainda não há consenso no mercado sobre se o Brasil vai precisar importar grande volume de soja neste ano.

Os próximos relatórios da Conab passarão a analisar o tamanho da safra 2012/13. A previsão é que a soja tome espaço do milho, do feijão e do arroz. Os estoques finais deste ano continuarão sendo reajustados nos números da companhia.

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