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Do volume processado de soja, 79% vira farelo  e o restante, 21%, transformado em óleo | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Do volume processado de soja, 79% vira farelo e o restante, 21%, transformado em óleo| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Na última safra de grãos 2015/16, o Brasil produziu mais de 95 milhões de toneladas de soja. Do total produzido, de acordo com a Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja), 44% do grão é exportado in natura, 40% é processado e 7% é estocado. Do volume processado, 79% vira farelo de soja e o restante, 21%, transformado em óleo. Praticamente metade do farelo é usado no consumo doméstico como ração animal. E a maior parte do óleo de soja tem com destino a alimentação humana e biodiesel.

Mas você sabia que os derivados da soja podem ter muito mais utilidades do que a gente imagina?

1) Tintas a base de soja

A tinta a base de soja pode ser usada na impressão de jornais e revistas no processo offset. Segundo especialistas, ela é mais fácil de ser removida do papel no processo de reciclagem e possue cores mais vivas.

2) Cosméticos

A lecitina (composto orgânico formado por um ou mais ácidos graxo), encontrada naturalmente na soja, pode ser utilizada na composição de cosméticos, como pomadas e cremes, e ajuda a evitar o ressecamento da pele.

3) Indústria farmacêutica

O grão de soja contém grandes quantidades de isoflavonas, substância que reduz a degradação do tecido e do colágeno na pele pois combate os radicais livres e ajuda na prevenção do envelhecimento. Cápsulas contendo extrato de soja podem ajudar. Além disso, algumas proteínas da soja tem comprovadamente benefícios na diminuição dos sintomas da menopausa.

4) Espumas

No Brasil ainda é muito pouco utilizado, mas os norte-americanos já produzem espumas a base de soja há pelo menos 10 anos. O material tem como destino o setor de móveis, além de ser utilizado por fábricas de colchões e até pela indústria automobilística.

5) Broto de soja e soja verde

A Empresa Brasileiro de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem se dedicado há vários anos no melhoramento genético da soja voltado para o consumo humano. De acordo com a pesquisadora, Mercedes Panizzi, a equipe trabalha no desenvolvimento de alternativas de consumo como o broto de soja e a soja verde. “Temos linhagens avançadas em avaliação, que apresentam sementes pequenas para produção de brotos, sementes grandes para usos como soja verde ou “edamame”, e soja preta, que pelas suas propriedades antioxidantes pode ser ingrediente de alimentos funcionais. A soja verde, antes de amadurecer, pode ser consumida como um amendoim”, explica Mercedes.

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