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"O recorde representa uma preocupação do mercado internacional em relação à oferta do produto. As pessoas já sabiam que tinha a quebra de safra e aceleraram as compras", declarou o analista Steve Cachia, da corretora Cerealpar.

O grande volume exportado é reflexo da grande con­­centração da demanda no Brasil, já que os Estados Unidos, maior produtor mun­­dial, estão na entressafra. Além disso, importadores tentaram garantir o produto diante a quebra de safra por conta de adversidades climáticas nos três maiores produtores globais – Estados Unidos, Brasil e Argentina.

Outro fator que contribuiu diretamente para a alta exportação é que o país tinha estoques remanescentes da safra recorde anterior no início do ano. A China, o maior importador global, continua sendo uma dos principais clientes do Brasil.

No acumulado de janeiro a maio, as exportações brasileiras de soja somam 18,5 milhões de toneladas. No mesmo período do ano passado, foram 13,5 milhões de toneladas. A receita com os embarques da soja, produto cujo complexo (farelo e óleo) lidera a pauta de exportação brasileira, somou US$ 3,84 bilhões – em maio de 2011 o valor foi de US$ 2,55 bilhões.

Safra menor

Prejudicada por uma seca que durou 30 dias, entre o final de novembro do ano passado e janeiro de 2012, a produção de soja do Brasil ficou 5,5 milhões de toneladas abaixo do volume colhido na temporada anterior, conforme o indicador Expedição Sa­­fra Gazeta do Povo. A produção, que tinha potencial para 75 milhões de toneladas, resultou em 66,9 milhões de toneladas. A quebra de safra ocorreu justamente em um ano de aumento do apetite pelo grão, vindo da China, que hoje absorve mais da metade das vendas externas do Brasil.

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