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Os negócios que atingiram a marca de US$ 15 por bushel de soja na Bolsa de Chicago nos últimos dias deixaram os produtores brasileiros eufóricos. Apesar de o Sul ainda se ressentir das perdas provocadas pela seca da última temporada – Paraná e Rio Grande do Sul poderiam ter produzido volume 25% maior nos campos dedicados à oleaginosa –, a região apresenta o mesmo ânimo do Centro-Oeste e do Centro-Norte. Nos três circuitos produtivos do país, a tendência é de aumento no cultivo em 2012/13.

O Caminhos do Campo mostra nesta edição que já foi dada a largada na corrida da produção da próxima safra. A matéria de capa revela o porquê das altas dos preços: os estoques limitados. Ao desdobrar o assunto, a reportagem apurou que as compras antecipadas anunciam falta de sementes das variedades mais disputadas.

O produtor de grãos não perde tempo. Ao constatar que a demanda internacional continua em crescimento, planeja o cultivo de cada palmo de terra disponível. Antecipa compras, investe em tecnologia e estimula novos negócios. As cotações atuais indicam que a próxima temporada tende a ser lucrativa, mesmo que, até lá, os índices internacionais se reassentem. Essa é a mesma avaliação que estimula o cultivo nos Estados Unidos, apesar de o produtor norte-americano preferir apostar no que sabe fazer melhor: o plantio de milho.

Aliás, não se pode esquecer que a tendência é de baixa nas cotações no segundo semestre. Existem analistas apostando inclusive em quedas drásticas, em recuos históricos. No entanto, a proporção dessas baixas é discutível. A julgar pelo comportamento das bolsas nos últimos anos, as tendências pessimistas podem simplesmente virar poeira. O que há de concreto é o aperto entre oferta e demanda e a perspectiva de aumento na produção em toda a América, de norte a sul.

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