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Propriedade rural no Paraná: Ministério do Meio Ambiente e parceiros querem ampliar pagamento por serviços ambientais (PSA). | Arquivo/Gazeta do Povo
Propriedade rural no Paraná: Ministério do Meio Ambiente e parceiros querem ampliar pagamento por serviços ambientais (PSA).| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

Com o objetivo de multiplicar programas de pagamento por serviços ambientais (PSA) em municípios e estados, o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com entidades do setor privado e do terceiro setor, anunciou nesta terça-feira (11) a criação de um guia para políticas de remuneração a quem preserva áreas ambientais. A divulgação foi no Fórum Brasil de Gestão Ambiental, em Campinas.

Os pagamentos são uma forma de reconhecimento a produtores rurais e proprietários de terras que destinam áreas para a conservação do meio ambiente. Neste sentido, o diretor de Conservação de Ecossistemas do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza explica que o PSA é um instrumento para a recuperação da vegetação nativa.

“O Guia traz também orientações sobre a importância de que a elaboração e implementação de políticas públicas de PSA esteja alinhada com outras metas e estratégias de desenvolvimento e conservação ambiental mais amplas”, explica o representante do Governo Federal.

A novidade foi elaborada por especialistas dos setores ambiental, jurídico e econômico do setor privado e do terceiro setor de entidades como a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, a Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ) e a ONG The Nature Conservancy.

Da teoria à prática

Segundo o analista da Fundação Grupo Boticário Renato Atanazio, além de rever normas criadas para PSAs já existentes, a ideia é que as entidades e o governo ampliem a atuação para fornecer treinamentos aos gestores públicos.

“Queremos dar continuidade por meio de um programa de capacitação, para que o material chegue à mão dos gestores municipais e estaduais. Queremos algo maior para levar as informações”, revela. “Temos uma atuação muito forte para estruturar projetos de PSA”, completa.

Claudio Klemz, especialista em políticas de segurança hídrica da TNC, reforça a visão do colega. “Municípios e estados já discutem há anos a implantação de incentivos à conservação, como é o caso do PSA. Houve até uma fase de expectativas exageradas em relação a essa política. Agora, chegamos a um momento de análise mais realista sobre seus benefícios e desafios”, explica.

A ampliação das áreas é uma maneira de, inclusive, reforçar o caixa dos maiores responsáveis pela preservação do meio ambiente: os produtores rurais. Os estados do Paraná e de Santa Catarina, por exemplo, pagam proprietários de terras para preservar água.

Serviço: o Guia para a Formulação de Políticas Públicas Estaduais e Municipais de Pagamento por Serviços Ambientais está disponível neste link do Ministério do Meio Ambiente.

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