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Com a colheita ainda nos 5% iniciais, o trigo perdeu 2,35% do valor em uma semana no Paraná, caindo a R$ 32,70 por saca de 60 quilos (14% menos que a cotação de julho). O setor teme que o preço ao produtor fique cada vez mais abaixo do índice mínimo, afixado como referência de custo pelo governo. Na última semana, a defasagem era de 2,29% — de R$ 557,50 (preço mínimo) para R$ 544,74 (mercado) por tonelada — conforme o setor produtivo. Se o governo não retirar parte da safra recorde — que pode chegar a 7,5 milhões de toneladas, concentradas na Região Sul do país —, os preços continuarão baixando, alertam as cooperativas do Paraná.

A entidade que representa esse setor, a Ocepar, reforçou na última semana apelo emitido pela Federação da Agricultura do estado, a Faep, para que o governo federal garanta apoio à comercialização de 40% da safra nacional, ou 3,1 milhão de toneladas. Para isso, terão de ser acionados programas como o Prêmio Equalizador pago ao Produtor (Pepro) e o Aquisições do Governo Federal (AGF). O setor teme que o governo adie a medida na expectativa de evitar qualquer alta nos preços dos alimentos em ano eleitoral.

Mercado global

4,5 milhões de toneladas de trigo terão de ser importadas para suprir o consumo brasileiro, que deve chegar a 12 milhões de t. Mesmo assim, as cotações oferecidas à produção interna (7,5 milhões de t) não cobre custos, conforme o setor produtivo.

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