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Cidade é um dos principais pólos agrícolas do Brasil. Nas últimas semanas, porém, o orgulho pelo agronegócio era dividido com a paixão pelo clube. | HUGO HARADA/HUGO HARADA
Cidade é um dos principais pólos agrícolas do Brasil. Nas últimas semanas, porém, o orgulho pelo agronegócio era dividido com a paixão pelo clube.| Foto: HUGO HARADA/HUGO HARADA

A queda do voo que levava a delegação da Chapecoense a Medellín, na Colômbia, onde a equipe disputaria a final da Copa Sul-Americana, deixou 72 mortos e um rastro de tristeza nos veículos de informação e nas redes sociais, além mesmo do futebol.

Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, é conhecida por ser um dos principais polos agrícolas do Brasil. Nesta terça-feira, após a confirmação da tragédia, as cooperativas da cidade se manifestaram, solidarizando-se às vítimas.

Expedição Safra

Uma semana atrás, a Expedição Safra esteve em Chapecó para acompanhar o andamento do plantio de soja na região, mas viu também o clima de otimismo em torno da Chapecoense. Em praticamente todos os ambientes, o orgulho pelo agronegócio pujante da cidade era dividido também com a paixão pelo clube.

“Eu estava lá quando a equipe jogou a segunda partida contra o San Lorenzo (ARG) e nunca vi uma cidade com tanta bandeira de time”, diz o jornalista do AgroGP , Gabriel Azevedo. “Em todos os lugares, comércio, restaurantes, todos apostando na Chapecoense, um otimismo total. É realmente uma tragédia”, completa.

Em nota, a Aurora, patrocinadora da equipe, falou em nome dos seus associados, funcionários, dirigentes e “todas as pessoas que integram a grande comunidade da Cooperativa Central Aurora Alimentos”. No documento a companhia manifesta “sua dor e sua solidariedade às famílias enlutadas pela tragédia que se abateu sobre a Associação Chapecoense de Futebol na Colômbia.”

A empresa diz que foi “fiel apoiadora e parceira desde o tempo em que a Chapecoense era apenas uma promessa”, e que “se orgulha de ter sido a principal patrocinadora privada dessa grande equipe.” A nota cita ainda que “é de uma tristeza profunda e de um eterno lamento a perda dos jogadores, técnicos, dirigentes, colaboradores, apoiadores, tripulantes e profissionais de imprensa que marcam a maior tragédia no universo desportivo e da comunicação em Santa Catarina.” A Aurora diz que “será difícil viver sem a alegria que essa admirável equipe proporcionava aos catarinenses e brasileiros com seu futebol criativo e com sua trajetória corajosa, que a conduziu ao topo do desporto verde-amarelo.”

O comunicado enfatiza que os princípios da Chapecoense podem ser comparados com os que guiam a própria empresa. “A cooperação, que emoldura a história da Aurora, foi a mesma que fundamentou as bases da infraestrutura e do crescimento da Chapecoense na sua transição para um Clube de êxito na gestão e de sucesso nos campos do Brasil e da América do Sul.”, diz. “A Aurora abraça e consola as famílias enlutadas, rogando ao Supremo Criador que mitigue a dor de cada um e fortaleça cada coração para suportar a perda de seus entes queridos.”

Cooperalfa

A cooperativa Alfa (Cooperalfa), empresa igualmente importante no agronegócio da região, se manifestou e expressou o pesar de todos com o acidente. “Hoje, Chapecó amanheceu calada e incrédula. É muito difícil conceber que esta tragédia tenha acontecido na véspera de um dia tão importante para o futebol catarinense e brasileiro. O avião que levava o time do coração de milhares de pessoas caiu na Colômbia, onde participaria do primeiro jogo da final da Sul Americana. Foi com você Chape, que aprendemos a amar bem mais o futebol. Foi com você, Chape, que uma geração inteira aprendeu a ter carinho por este esporte. Nosso coração chapecoense partiu com o avião da Chape”, disse a companhia em sua página no Facebook em um texto assinado por Romeo Bet, presidente; Cládis Jorge Furlanetto, 1º vice-presidente e Sérgio Antonio Giacomelli, 2º vice-presidente.

A Alfa diz que a cidade perdeu mais que um time, perdeu uma paixão. “Perdemos um orgulho de ser chapecoense. Perdemos colegas de imprensa. Mais que isso, perdemos amigos, dirigentes voltados a construir esporte pela via da solidariedade e do amor a um clube. É a maior tragédia do esporte coletivo mundial, uma equipe que levava nosso nome para o Brasil e o mundo de uma forma tão maravilhosa, tão grandiosa, tão empolgante e leal. Chapecó está em luto pela perda desses jogadores tão queridos, de profissionais tão responsáveis”, cita a empresa.

No comunicado a Cooperalfa diz que “em nome das 17,8 mil famílias de associados e 2,8 mil funcionários, se solidariza a todas as famílias enlutadas, de jogadores, profissionais da imprensa e demais convidados vitimados pela catástrofe em solo colombiano.” A empresa enfatiza que “em face a esse momento tão inesperado e triste, a direção da Cooperalfa suspendeu as suas confraternizações envolvendo funcionários que estavam previstas para esse fim de semana na AARA em Chapecó, respectivamente dias 02 e 03 de dezembro.”

Associação de Suinocultores

Em nota, a Associação de Criadores Catarinense de Criadores de Suínos afirma que ‘está profundamente consternada com a tragédia ocorrida com a equipe da Associação Chapecoense de Futebol’. Santa Catarina é o maior produtor de suínos do Brasil. ‘Que Deus conforte o coração das famílias das vítimas e de todos os brasileiros, que estão de luto nesta terça-feira’, diz o restante da nota.

Blairo Maggi

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que esteve em Chapecó na última semana, escreveu um nota em que presta solidariedade aos familiares e amigos do time Chapecoense e dos profissionais de imprensa que foram vítimas do acidente. “Infelizmente, foi uma tragédia que marca tanto a história do esporte como do jornalismo brasileiro! Fui informado que o Governo Federal já acionou a Aeronáutica e o Itamaraty e fará o possível para prestar a assistência necessária. Hoje, nossa nação está em luto! #ForçaBrasil#ForçaChapecó”, escreveu.

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