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O caderno Agronegócio mostra hoje que o milho pode tomar o caminho da soja e se tornar um importante item das exportações do Brasil para a China. Por enquanto, o que há de concreto é a emissão de um protocolo por Beijing, estabelecendo parâmetros sanitários que deverão ser seguidos pela cadeia da exportação. No entanto, o documento anuncia uma mudança na política chinesa de manter a compra de milho externo nos menores patamares possíveis. E abre novas perspectivas para o agronegócio brasileiro.

O governo chinês estabelece como cota de importação de milho o volume de 7,2 milhões de toneladas para este ano. Desse total, 60% são comprados para formação de estoques e 40% para processamento, conforme os especialistas no assunto entrevistados pela Expedição Safra na China na última semana. A estratégia é garantir o abastecimento, que assume a gigantesca proporção de 200 milhões de toneladas.

Diante da velocidade de crescimento do consumo, a China cogita importar mais do que o previsto e busca na América do Sul uma alternativa ao milho que vem sendo comprado dos Estados Unidos. Com diferentes fornecedores, conseguirá comparar preços e viabilizar a importação tanto na época da colheita do Hemistério Norte – segundo semestre – quando no período das duas colheitas anuais do Hemisfério Sul – janeiro a outubro. Ou seja, não trata-se apenas de 2012, mas de um prazo ilimitado.

O protocolo que está sendo firmado com o governo brasileiro não é o único. Buenos Aires já assinou documento similar e agora discute parâmetros ligados à biotecnologia. A China não quer importar qualquer milho. Quem for vender, seja no Brasil ou na Argentina, terá de seguir a tabela dos produtos autorizados para o consumo chinês.

Para se tornar exportador de milho, o Brasil terá de se adaptar, como faz na soja. Além de privilegiar as variedades exportáveis, precisará segregar pelo menos parte da colheita. Um novo horizonte para a cadeia do cereal, que agora terá de olhar com mais atenção para o que ocorre no Oriente, a uma distância equivalente a 40 dias de navegação para um navio carregado de grãos.

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