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O controle da aftosa após a suspensão da vacinação vai depender não só da ampliação do número de postos fiscais de 31 para 35, mas essencialmente de um monitoramento ostensivo. A avaliação é do presidente da Associação Nacional dos Produtores de Bovinos de Corte (ANPBC). "Precisamos de garantia de que as divisas e fronteiras serão fiscalizadas 24 horas por dia", diz José Antonio Fontes.

A ANPBC fica em Londrina e foi criada depois de o Paraná ser apontado como foco de aftosa, em 2005. Com cerca de 300 associados e rebanho estimado em 1 milhão de cabeças e defende que na época o Paraná não teve casos da doença – e que o sacrifício de 6,7 mil animais, bem como a suspensão das exportações para mais de 50 países, ocorreu desnecessariamente. Agora, pressiona as autoridades temendo que o drama se repita.

"Não podemos acusar que está entrando gado ilegalmente. Mas não podemos ficar numa situação de insegurança. Se o governo do estado e o federal não assumirem suas responsabilidades nas divisas e nas fronteiras, estaremos vulneráveis. As barreiras têm que ser ostensivas", argumenta Fontes.

A reivindicação do status de área livre da aftosa sem vacinação é apoiada pelo setor produtivo. A Federação da Agricultura do Paraná (Faep) vem coordenando a instalação de mais 20 conselhos de sanidade agropecuária, para que 390 dos 399 municípios do estado contem com essas entidades. A ANPBC também alerta para a confiança depositada nessa rede de voluntários. "Conselho instalado não significa conselho funcionando", afirma Fontes. Em sua avaliação, se houver insegurança, é preferível continuar vacinando o gado contra a aftosa no próximo semestre.

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