• Carregando...

A falta de chuvas durante o plantio e o excesso de umidade no período colheita estão reduzindo a produtividade da soja precoce na região Sul de Mato Grosso. Agricultores ouvidos pela Expedição Safra Gazeta do Povo relatam estarem obtendo médias até 10% menores que o esperado nas colheitas iniciais. "Me arrependi de ter plantado soja de ciclo curto. Podia entrar com o milho safrinha até uns dez dias mais tarde. Se tivesse feito isso, estaria colhendo 5 a 10 sacas ( 300 a 600 quilos) de soja por hectare a mais", calcula o produtor Marcelo Zilli. Nos 1,7 mil hectares que cultiva em Rondonópolis e Primavera do Leste, está obtendo média de 3,3 mil quilos (55 sacas) por hectare nas colheitas precoces.

Com lavouras prontas para receber as máquinas, Julio Teis, de Rondonópolis, faz os ajuste finais nas três colheitadeiras que possui. Nessas plantações, a contagem de vagens indica que o rendimento deve ficar próximo a 3 mil quilos (50 sacas) por hectare, bem abaixo dos 3,7 mil quilos (61,5 sacas) obtidos na temporada anterior. "Ano passado foi excelente, difícil de repetir", pondera. Neste ano, considerando as áreas precoces, que sofreram com a seca, e as lavouras mais tardias, que recuperaram bem, Teis acredita que conseguirá fechar com média de 3,3 mil quilos (55 sacas) por hectare.

Conforme os produtores, algumas lavouras chegaram a ficar mais de 20 dias sem receber chuvas durante o mês de dezembro em Itiquira, município vizinho a Rondonópolis. Segundo eles, essa foi a região mais afetada pela seca em Mato Grosso. A safra de Pedra Preta, na Serra da Petrovina, maior polo sementeiro do estado, também foi afetada pela falta de umidade, mas os danos teriam sido menos severos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]