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O projeto vem sendo estruturado há cinco anos e conta com opções como alarme eletrônico e rede de câmeras. As asslatos são mais frequentes às vésperas do plantio, quando os galpões ficam carregados de insumos. Para se ter uma ideia, uma caminhonete simples é capaz de carregar volume de agrotóxicos que vale mais de R$ 100 mil.

Em discussões coordenadas pelo Sindicato Rural de Guarapuava, eles decidiram contratar uma empresa de segurança e prevenir os ataques.

Antes da implantação do projeto, foram feitos estudos sobre a dimensão a ser monitorada, a quantidade ideal de agentes e o melhor local para se instalar as bases de operação. A empresa contratada foi o Grupo Zanardo, que é de Santa Catarina e tem 17 unidades de negócios no Sul do Brasil. Até então, a companhia atendia apenas o setor urbano. Hoje possui três bases do novo serviço, em Guarapuava, Candói e Pinhão. Segundo o diretor presidente da empresa, Ivan Zanardo, o investimento foi de aproximadamente R$ 500 mil, mas o negócio no campo deu certo.

O representante do Sindicato Rural que coordenou as discussões, Cláudio de Azevedo, afirma que os produtores sentiam-se inseguros contando apenas com a segurança oficial. Mesmo com o monitoramento, não eliminaram os riscos, mas estão mais tranquilos, relata. "O projeto ainda não é 100%, mas os produtores sentem-se mais protegidos." Ele acredita que muitos assaltos foram evitados. "Até mesmo a placa da empresa de monitoramento ao lado da porteira da propriedade é um fator que inibe a entrada de pessoas mal intencionadas."

Além de inibir a entrada de assaltantes, o projeto tem, desde 2005, o propósito de evitar invasões de caçadores e grupos sem-terra. "Nossa ideia era que, a partir de um sistema de monitoramento, tivéssemos informações relacionadas a movimentações de pessoas próximas às propriedades", complementa Azevedo. Na época, o Sindicato Rural chegou a criar uma comissão de assuntos fundiários que discutia estratégias de segurança nas propriedades.

O interesse dos produtores pela proteção privada é crescente, o que ajuda a viabilizar o serviço, relata. O monitoramento estaria passando por constantes revisões. "O sistema cresceu e está em fase de consolidação. Um fator fundamental foi a integração da empresa com os órgãos oficiais de segurança", avalia Azevedo.

O diretor do Grupo Zanardo afirma que a empresa de segurança enfrenta na região de Guarapuava os mesmos problemas que atrapalham o trabalho da polícia. "Tivemos muita dificuldade de acesso às propriedades para atendimento, devido às más condições das estradas." Segundo ele, esse fator exigiu maior investimento em veículos ágeis e apropriados para a lama e a poeira. Zanardo afirma que a prestadora de serviço se adaptou à legislação que rege a atividade de segurança patrimonial.

Os agentes fazem rondas sem horário definido durante dia e noite. "O monitoramento rural é um conjunto de ações sistematizadas", define o empresário. Ele argumenta que a prevenção é o objetivo do serviço. Segundo Zanardo, os funcionários são treinados para, em caso de assalto a alguma propriedade monitorada, acionarem as autoridades policiais. A equipe solicita o atendimento da ocorrência e deixa o trabalho repressivo para a Polícia Militar, sustenta.

O custo para os produtores rurais varia de R$ 120 a R$ 160,00 por mês. Para monitorar a empresa, eles recebem um relatório mensal que especifica as rondas realizadas em sua propriedade. Segundo a prestadora de serviço, após a implantação do monitoramento rural, o roubo de máquinas e agrotóxicos nas propriedades monitoradas caiu a zero. "O monitoramento rural inibe diversas situações de crimes contra o patrimônio dos proprietários rurais, principalmente furtos de máquinas, implementos agrícolas, animais, assim como a entrada de caçadores, pescadores, veículos ou pessoas em atitudes suspeitas", observa Zanardo.

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