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As vendas de máquinas agrícolas na Expointer, encerrada domingo em Esteio (RS), deve ser recorde e passar de R$ 600 milhões, segundo os organizadores – o balanço final será conhecido nesta semana. O resultado da feira do ano passado (R$ 370 milhões) foi superado nos primeiros cinco dias. Para o setor, responsável pela maior parte dos negócios no evento, os números são um sinal claro de retomada.

"As indústrias mudaram o maquinário, oferecendo mais tratores abaixo de 78cv e estão tendo um resultado melhor que o do primeiro semestre", disse o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel. Em sua avaliação, não vai ser tão fácil superar o ano passado. "O setor atravessou o segundo semestre de 2008 com um pé nas costas."

A indústria aumentou a produção em julho prevendo bons resultados no segundo semestre. O Brasil fabricou 5.639 máquinas agrícolas automotrizes no mês, número 38,7% maior que o de junho, conforme a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Julho foi o mês da virada na produção. Considerando o primeiro semestre inteiro, houve queda de 21,7% na fabricação de tratores e de 58% na de colheitadeiras. Em um ano, 3.236 pessoas perderam emprego no setor, com uma redução de 18% nas vagas. No setor de automóveis, essa redução foi menor: 5,8%.

A queda na produção refletiu a crise internacional. O mercado interno comprou 23 mil tratores no primeiro semestre (4,5% menos que no mesmo período de 2008) e 1.535 colheitadeiras (36,1% menos). A redução foi bem mais leve nas vendas de tratores, fator atribuído aos programas públicos que sustentam juros de 2% a 5% como o Trator Solidário (Paraná), Pró-Trator (São Paulo) e Mais Alimentos (nacional). (JR)

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