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Até quando vai o crescimento da soja?

Na safra 1995/96 os produtores argentinos plantaram 6 milhões de hectares e colheram 12,5 milhões de toneladas de soja, segundo o Ministério da Agricultura (MinAgri). Agora, 15 safras depois, a área triplicou e a produção mais que quadruplicou, passando para 18,2 milhões de hectares e 52,2 milhões de toneladas. Proporçãol esta muito acima das apresentadas pelos concorrentes Estados Unidos e Brasil.

Esse incremento na produção Argentina é pelas condições naturais favoráveis e pelo uso de novas tecnologias. A oleaginosa toma área do milho e avança em regiões de menor potencial produtivo em províncias mais distantes dos portos. A discussão recorrente é sobre as "retenciones" (imposto de exportação), atualmente em 35%. Paralelamente, os custos com arrendamento de áreas cresce – 60% da produção depende de áreas arrendadas.

Enfim, a produção dos "hermanos" se viabiliza em cima de baixíssimos custos diretos de produção e da adesão ao seguro para garantir pelo menos a parcela do arrendamento e os desembolsos diretos.

Nos quatro dias em que a Expedição Safra percorreu a Argentina, foi possível observar as potencialidades e ameaças à soja, sendo que as potencialidades são muito maiores. As "retenciones" mantêm o equilíbrio competitivo na relação com Brasil e Estados Unidos. Os três "players" respondem por 80% da safra mundial. Mudanças nessa política poderiam fazer com que os argentinos se apropriassem facilmente de parcela das exportações de seus concorrentes, especialmente na relação com China e Europa.

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