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Os animais com até 2 anos de idade representam 45% do rebanho, de acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Na segunda etapa da campanha, em novembro, deve ser revacinado todo o rebanho, estimado em 9,5 milhões de cabeças no Paraná.

Como têm que passar por duas vacinações ao ano, os animais mais novos precisam de um manejo adequado para não ficarem estressados. "É preciso fazer a vacinação sem pressa, escolher o horário mais fresco do dia, ter uma pistola e uma agulha bem limpas e novas", comenta o coordenador do Programa de Febre Aftosa no Paraná, Walter Ribeirete. A Seab orienta também que, a cada grupo de 10 ou 20 animais, a agulha seja substituída.

Cada animal recebe 5 mililitros de dose e a temperatura do líquido deve variar entre 2º e 8º C. "A temperatura deve estar neste intervalo desde a saída da loja até o campo", lembra o coordenador.

A aplicação é feita pelo próprio produtor e o método pode ser a introdução subcutânea ou intramuscular. A intramuscular exige uma agulha maior e a reação vacinal é menos intensa.

Para o pecuarista Charles Salomons, todo o cuidado é pouco. "Fazemos sem correria para o animal não ficar nervoso", diz. O descendente de holandeses cria gado leiteiro em Castro e possui 400 animais. A preocupação de Salomons é maior em novembro, já que as vacas que serão vacinadas em maio não estão em fase de lactação em sua propriedade. "Quando elas estão produzindo leite, a queda é de mais ou menos 10% no dia da vacinação", relata. Isso significa de dois a três litros a menos por animal em Castro.

Erradicação

O último registro de febre aftosa no Paraná foi há seis anos. Conforme o secretário estadual da Agricultura, Norberto Anacleto Ortigara, várias frentes de trabalho buscam do Ministério da Agricultura o certificado de área livre de febre aftosa sem vacinação. No último dia 23, foi instituída a Agência de Defesa Agropecuária. "Também vamos contratar mais 500 novos fiscais agropecuários", afirma.

As ações são necessárias para abrir as portas do mercado internacional para a carne paranaense. "Queremos garantir um padrão sanitário que faça nossa carne chegar ao mercado internacional", acrescenta Ortigara, que participou do lançamento da campanha em Castro.

Além de vacinar o animal, o produtor precisa apresentar a comprovação da aplicação, com o cadastramento da propriedade, nas unidades da Seab espalhadas pelo estado. Cada dose custa em média R$ 1,50 e a multa para quem descumprir o prazo é de R$ 101, 84 por animal.

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