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Na geração dos smartphones, tecnologia no campo ultrapassa uso de maquinário de última geração nas lavouras | ROBERTO SOARES/ GAZETA DO POVO
Na geração dos smartphones, tecnologia no campo ultrapassa uso de maquinário de última geração nas lavouras| Foto: ROBERTO SOARES/ GAZETA DO POVO

Uma empresa sediada em São Paulo promete lançar no mercado ainda neste ano o Agra, uma ferramenta que promete ser o “Waze” da agricultura. O Waze é um aplicativo de celular que permite motoristas trocarem informações para escolher melhores rotas, economizar na hora de abastecer, entre outros benefícios. O Agra tem um princípio parecido, com a diferença que além de propiciar um ambiente de troca de informações entre produtores rurais, o serviço também pretende centralizar informações importantes na tela dos smartphones.

LISTA: veja a seleção da Gazeta do Povo de dez aplicativos essenciais para a agricultura.

Maikon Schiess, CEO da Agra, conta que a ideia é permitir que os próprios agricultores troquem informações sobre pragas e doenças nas propriedades, além de outros assuntos. Alguns dias para o combate de um problema do tipo em lavouras pode ser decisivo para uma quebra parcial ou total no campo. “Se os vizinhos souberem que tem aquele perigo rondando a região, os produtores podem se prevenir e evitar problemas maiores”, relata.

Outra função do Agra é sistematizar a grande quantidade de informações disponíveis na internet em um único sistema. Assim, os agricultores são capazes de obter dados personalizados para cada região de como estão condições meteorológicas, previsões de mercado, custo de produção entre outros. “O grande banco de dados informa para ele o que está acontecendo em cada área da propriedade e qual o melhor momento para começar determinadas atividades”, explica. Ele exemplifica que se o produtor pretende plantar em um determinado dia e há previsão de chuva, o usuário do software será avisado com antecedência para mudar os planos.

Produtores se dividem sobre usabilidade

No município de Silveira Martins, região central do Rio Grande do Sul, o engenheiro agrônomo Sérgio Daniel Bona é um dos 49 usuários que testam o aplicativo. Ele disse que a ferramenta ajudou a centralizar as atividades da propriedade que gerencia. Ele destaca o papel de lista de tarefas do software. “Com o aplicativo é possível ver o que já foi feito e visualizar para frente o que é preciso fazer. Você começa a inserir os valores de custos e começa a ter uma visão diferente da propriedade. Normalmente em planilhas você consegue ter gerenciamento de certa forma, mas fica menos prático”, analisa.

Já o produtor rural Guilherme Loureiro, de Palmas no sul do Paraná, disse que teve dificuldades para localizar a propriedade dele e começar a usar o aplicativo. “Até a primeira versão que eles me passaram eu usei, pegava pela internet da fazenda conseguia mudar. Agora ele está pegando uma conexão de Foz do Iguaçu, tento jogar pelas coordenadas, mas ainda não consegui usar. Tinha que ter uma forma mais simples”, recomenda ele que é um dos que participam da fase de testes.

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