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 | Ivonaldo Alexandre/gazeta Do Povo
| Foto: Ivonaldo Alexandre/gazeta Do Povo

A sustentabilidade, tema central da Expoingá neste ano, exige mais atitude e compromisso do agronegócio e da comunidade urbana. A avaliação é de Wilson de Matos Silva Filho, presidente da Sociedade Rural de Maringá (SRM), organizadora do evento. O desenvolvimento econômico está diretamente ligado a ações práticas de preservação do ambiente, defende. Há dez anos fomentando discussões internas, ele assumiu a presidência da entidade disposto a ampliar o debate sobre o assunto, num projeto pessoal que envolve a formação de novos líderes entre os filhos dos agropecuaristas.

Como a ExpoIngá vai trabalhar com o tema Semeando Sustentabilidade?

Sabemos que é um desafio e tanto, mas compensador ao final. É plantar um presente que garanta a subsistência das novas gerações. A Exposição incentiva a conscientização de expositores, colaboradores, visitantes e todos os envolvidos na realização da feira, através dos três R’s da sustentabilidade [Reduzir; Reutilizar e Reciclar]. Isto é, desenvolver ações para reduzir o consumo de papel, água e energia, promover e despertar medidas eficientes para reutilização e reciclagem dos materiais. A gente sabe que haverá uma economia na utilização desses recursos naturais.

Como a feira vai abordar a expansão dos grãos e da pecuária?

Nós procuramos valorizar todos os segmentos do agronegócio, seja pecuária ou agricultura. Historicamente as sociedades rurais se fortaleceram com a presença dos pecuaristas, mas nossa região é mista e está investindo muito na agricultura. Entendemos que a feira tem o papel de ajudar no fomento de todo o setor. A gente evidencia o que tem de última tecnologia em maquinários agrícolas, raças da pecuária. O Paraná é referência em integração lavoura, pecuária e floresta. Temos o maior número de experiências que estão dando certo. É uma escola para o Brasil. Estamos voltando a discutir esse tema.

Qual a participação do cooperativismo nesse cenário da região?

O diferencial de Maringá se deu por uma questão histórica, em que se preservou cooperativismo e o associativismo. Temos uma das maiores associações comerciais do Brasil, com mais de 5 mil membros. Temos a segunda maior cooperativa agrícola do Brasil [Cocamar] – um exemplo do potencial do setor. Se nossa região conta com o potencial econômico que tem hoje, o setor rural contribuiu de forma decisiva.

Qual o papel da geração atual?

O desafio nosso é fazermos por Maringá, pelo Norte do Paraná, o que os desbravadores fizeram. Transformaram um espaço de difícil acesso numa potência, uma referência nacional. Agora a questão é o compromisso social. O agronegócio está comprometido com essa realidade, tem investido nessa visão da sustentabilidade. Cabe à minha geração dar continuidade a este processo.

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