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Suíno brasileiro tenta conquistar mais 10 países | Josua© Teixeira/gazeta Do Povo
Suíno brasileiro tenta conquistar mais 10 países| Foto: Josua© Teixeira/gazeta Do Povo

Responsáveis por 67% do volume (com 4,2 milhões de toneladas) e 52% do faturamento (US$ 8,8 bilhões) nas exportações de carnes em 2013, as cadeias da avicultura e suinocultura apostam em uma aproximação institucional para ganhar mercado. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) acaba de ser lançada, a partir da fusão da União Brasileira de Avicultura (Ubabef) com a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), para ampliar a participação dos dois setores no mercado externo.

Frango brasileiro tenta conquistar 15 países

A aproximação começou há pouco mais de um ano, influenciada pela presença de grandes empresas que atuam nos dois ramos, como a JBS e a BRF, explica Francisco Turra, presidente da nova entidade. “Começamos a realizar estudos e criamos um estatuto regulamentando a união”, explica.

Em pouco mais de um mês de atividades, Turra constata que já ocorreram avanços, como a abertura comercial de três países para a carne de frango brasileira (Malásia, Paquistão e Mianmar). A sinergia favorece a articulação no exterior. “Em junho uma missão do Chile vai visitar 40 frigoríficos em todo o país e o roteiro foi definido mais facilmente graças à união dos dois setores”, aponta.

No caso dos suínos, a ABPA também mira os Estados Unidos e México. Os países são vistos como potenciais compradores após o aumento no número de casos de diarreia suína epidêmica na América do Norte. Outra ação planejada é o combate a medidas protecionistas de nações como a África do Sul e a Indonésia.

A previsão é de aumento nos embarques. Para as aves o foco é ampliar de 155 para 170 países compradores. Com isso, o volume embarcado subiria 28,2% (a 5 milhões de toneladas). Na suinocultura a meta é abrir 10 novos países e elevar o faturamento em 48% (a US$ 2,5 bilhões) até 2020.

“O aumento nas exportações reduz a oferta no mercado interno, o que ajuda a garantir preço e demanda”, afirma constata Darci Backes, presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS). Ele avalia que o Paraná ainda exporta pouco, mas pode avançar se conseguir status de área livre da febre aftosa sem vacinação.

Bovinocultura: Liderança é da carne vermelha

Em meio aos esforços da suinocultura e da avicultura, a carne de boi ganha dianteira nas exportações. Houve salto de 16% no valor (para US$ 6,6 bilhões) e 21,1% no volume (para 1,5 milhão de toneladas) exportado em 2013 na comparação com o ano anterior, mostram dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O bom desempenho se repetiu no primeiro trimestre de 2014. No acumulado do período os embarques subiram 17,2% em volume, chegando a 382 mil toneladas. O avanço gerou acréscimo de 13,2% na renda, que soma US$ 1,6 bilhão. E houve valorização no mercado interno, com a arroba passando de R$ 115 no Paraná.

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