Em busca da recuperação, Brasil aposta na qualidade

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Após escândalos como a Operação Carne Fraca, é hora de o Brasil olhar para a reconstrução da confiança no mercado de carnes. Essa recuperação foi o tema da última palestra do 1º dia do Fórum de Agricultura.

Guilherme Castro, consultor veterinário da Coob-Vantress, comentou uma forte aposta brasileira: a carne de frango. “O Brasil está se transformando, com forte material genético e isso nos orgulha muito”, afirma o especialista. Ele diz que atualmente o país é o único grande exportador de aves livre do diagnóstico da gripe aviária.

Neste sentido, ele destaca o estado do Paraná, maior produtor e responsável por 36% das exportações totais. E mais do que isso: existe a diversidade das partes do frango exportada. “A Europa demanda peito de frango, o Japão a coxa, o Oriente Médio o frango inteiro”, afirma.

Esse atendimento de nichos de mercado é um forte diferencial. “Temos um sistema de integração extremamente profissional, gerando tecnologia no campo. O Brasil exporta tecnologia com profissionais e conhecimento”, conclui.

E a carne bovina?

Leonardo Alencar, gerente de mercado da Minerva Foods, deu um panorama sobre a carne bovina. Ele admite que o consumo interno diminuiu, mas agora o mercado entrou recuperação, especialmente no que se refere às exportações.

“O Brasil é o segundo maior produtor e exportador do mundo, e o maior de gado vivo. Isso traz valor agregado”, afirma.

Neste sentido, ele destaca ainda a qualidade da carne brasileira, e uma amostra disso está na China. “No interior daquele país você não encontra carne brasileira, encontra da Índia, por ser barata e de qualidade baixa. No restaurante é sempre a carne Brasileira”, afirma ele, explicando que o consumo no país asiático é muito particular.

O continente, aliás, é o maior consumidor do mundo. “Quase metade do mercado de carne do mundo está concentrado na Ásia”, avalia a oportunidade de expansão. Para aumentar ainda mais a penetração neste mercado, ele comenta o bom momento. “O câmbio atualmente está favorável para o Brasil”, diz ele, relatando ainda que o custo de produção do Brasil é menor que de países concorrentes, como os Estados Unidos, o que amplia a atratividade.