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A atividade florestal deve crescer três vezes nos próximos anos, com redução de área plantada e aumento de produtividade. | Felipe Rosa/TRIBUNA DO PARANA
A atividade florestal deve crescer três vezes nos próximos anos, com redução de área plantada e aumento de produtividade.| Foto: Felipe Rosa/TRIBUNA DO PARANA

O agronegócio de base florestal como contraponto aos desafios ambientais do século 21 foi tema de mais um painel do 6º Foro de Agricultura da América do Sul, que entrou nesta sexta-feira (24) no seu segundo e último dia. Os painelistas Erich Schaitza, da Embrapa, Aguimar Mendes Ferreira, da STCP, e Juliana Monti, coordenadora de Sustentabilidade da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), apresentaram dados do setor e as principais tendências do mercado para os próximos anos, especialmente em relação à sustentabilidade dessa indústria.

Segundo Ferreira, a atividade florestal deve crescer três vezes nos próximos anos, com redução de área plantada e aumento de produtividade. No Brasil, 3,3% de toda área plantada destinada a floresta responde por 11,7% do valor bruto da produção agropecuária, de acordo com ele.

Atualmente no Brasil existem 7,8 milhões de hectares de florestas plantadas, conforme Juliana Monti, que na grande maioria são responsáveis por preservar recursos hídricos e ecossistemas naturais. Ao mesmo tempo, o país é o maior exportador de celulose de fibra curta do mundo, com uma produção exponencial de eucaliptos e pinus – este último principalmente no Paraná e em Santa Catarina.

Erich Schaitza elencou alguns temas que devem pautar a indústria florestal nos próximos anos, como o fato de as florestas, por serem um bem cada vez mais querido pela população, terem cada vez mais restrições quando ao corte, e uma pressão para a recomposição das matas derrubadas.

Ele destacou que as florestas regulam serviços de forma simbiôntica com a agricultura, e um bom planejamento para os dois fará com que não haja competição por espaço rural, com boa produção.

Manejo

O bom manejo das florestas trará benefícios e oportunidades de negócios, segundo o pesquisador da Embrapa, e trazer a árvore para o sistema agrícola tirará carbono da atmosfera, que é algo cada vez mais valorizado.

Além disso, o mercado de produtos verdes cresce a cada dia, segundo o especialista, além da produção de biocombustíveis e a geração de energia a partir de matéria prima vegetal, deixando de lado o petróleo.

“Estamos acompanhando essas mudanças. Temos uma grande oportunidade de gerar esses produtos, seja na agricultura ou na floresta. A inquietude que temos é o quanto o Brasil está preparado para gerar produtos desse tipo e quanto estamos preparados para inseri-los na realidade dos nossos negócios”, questionou Aguimar Ferreira. Ele afirmou que é preciso desenvolver políticas e propostas eficientes para ocupar esses espaços e desenvolver as oportunidades.

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